Economia e Negócios
País perde 12 mil vagas em novembro, mas tem saldo positivo no ano
O saldo de empregos formais no Brasil, em novembro, ficou negativo com redução de 12.292 vagas. Em relação a outubro, houve redução de 0,03%, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Os dados já consideram as novas formas de contratação estabelecidas na Reforma Trabalhista.
São estatísticas esperadas, pois segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em novembro há uma tendência de saldo negativo do emprego. Nogueira argumentou, porém, que esse resultado não indica interrupção no processo de retomada do crescimento econômico, com criação de postos de trabalho. “Nos 11 meses do ano, oito foram positivos [com geração de emprego]”, disse ele.
O resultado de novembro considera 1.111.798 admissões contra 1.124.090 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo é de 299.635 empregos, com expansão de 0,78% em relação a dezembro de 2016.
>>Serra Catarinense_ Na região, a criação de empregos foi positiva com 157 novas vagas. O município de Lages respondeu com 106 novos postos abertos. Entretanto, três dos maiores municípios da região aparecem com saldos negativos. São Joaquim com menos 51 postos, Correia Pinto, com menos 39 e Otacílio Costa, com menos 71.
>>Setores da economia_ Em novembro, o Comércio foi o único setor que registrou saldo positivo (tanto atacadista quanto varejista), com a criação de mais de 68 mil vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, as festas de fim de ano, que aqueceram as vendas, foram o motivo desse resultado.A indústria de transformação registrou saldo negativo de 29.006 empregos. A Construção Civil reduziu 22.826 vagas. O setor agropecuário gerou saldo negativo de 21.761 vagas. O setor de serviços também apresentou saldo negativo de 2.972 vagas.
>>Regiões_ A região que mais criou vagas formais em novembro foi a Sul, com 15.181 postos. A Região Nordeste abriu 3.758 vagas. As demais regiões registraram saldo negativo: Sudeste (-16.421), Centro-Oeste (-14.412) e Norte (-398).
>>Salários_ Em novembro, o salário médio de admissão no país ficou em R$ 1.470,08, enquanto o de demissão foi de R$ 1.675,58. Na comparação com outubro, houve aumento de 0,39% no salário de contratação e de 0,02% no de demissão.
>Projeção_ A projeção do Ministério do Trabalho é que, em 2018, a economia (o Produto Interno Bruto – PIB) cresça entre 3% e 3,5%. Desta forma, devem ser criadas entre 1,7 milhão e 2 milhões de novas vagas em vários segmentos da economia. Para sustentar essa prospecção, o ministério informa que o mercado já anunciou R$ 15 bilhões em investimentos para o próximo ano, recursos investidos no aumento da produção.
Com 51 mil novas vagas no ano, SC é o segundo melhor do Brasil
Santa Catarina criou 4.995 novos postos de trabalho em novembro, o segundo melhor resultado do Brasil. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, foram 51.550 vagas abertas em SC. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Motivada pela expansão do Comércio, o crescimento de vagas foi de 0,25% no mês. No setor de Serviços foram mais 1.592 postos e na Agropecuária 908.
“Santa Catarina foi, outra vez, uma grande referência. De todos os empregos gerados em 2017, fomos o que mais geramos. A gente vê estados gigantes como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e nós, em termos absolutos, fomos o Estado que mais gerou com 50 mil vagas sem contar dezembro, de saldo positivo. Eu acho que essa é a ação mais importante. É aquela que fortalece o emprego de quem está trabalhando e abre para os novos”, destacou Colombo. Já o resultado do país foi negativo. Foram fechados 12.292 postos de trabalho. Entre todos os estados, 13 tiveram saldo positivo em novembro, sendo que o Rio Grande do Sul o que mais criou vagas. Foram 8.753 novas vagas.