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Obra do Mercado Público está 60% concluída
As obras do Mercado Público de Lages foram retomadas essa semana, depois de estarem paradas durante o período do fim de ano e começo de 2020, por conta do recesso dado aos funcionários da empresa Terra Engenharia, responsável pela revitalização do espaço. Algumas etapas da construção do novo mercado já foram concluídas, como a cobertura, as instalações hidrossanitárias e de incêndio, os estandes, a terraplanagem, o aterramento, e a pavimentação do centro cultural e de convivência. Estima-se que a obra esteja 60% concluída.
Segundo o fiscal de obras da Secretaria Municipal de Planejamento e Obras, Edson Teixeira da Silva, falta fazer a cobertura dos estandes, que são 33 ao total; falta, também, construir uma rampa de acesso ao segundo piso, pintar internamente e do lado externo e finalizar alguns ajustes de acabamento.
A cobertura de isopainel e a de vidro, que fica na parte central do mercado, estão prontas e chamam a atenção. A luz entra pelo teto na área de convivência e tira a escuridão do espaço que, por enquanto, não possui instalação elétrica funcionando.
O novo mercado terá lotérica, caixa eletrônico, barbearia, restaurantes e lanchonetes. Para preservar e valorizar a estrutura, foi retirado, manualmente, o rejunte de várias paredes para que o tijolo, fixado com um material tipo de argila, apareça, e isso deixou o ambiente visualmente agradável. “As paredes serão envernizadas para que conservem melhor a estrutura antiga”, explica o engenheiro.
No ano passado, a obra atrasou por alguns meses por conta do repasse do Governo do Estado que parou e, segundo Silva, foi preciso fazer uma reprogramação. Agora, a data de conclusão mudou. A previsão é que tudo fique pronto em junho, mês em que o mercado deverá estar em funcionamento com os comerciantes instalados.
O objetivo é focar na venda de produtos regionais, como mel, queijo, pinhão, peixe, além do setor de hortifruti. Para isso, a prefeitura está realizando reuniões com vários setores da área pública para definir de que forma os espaços serão ocupados.
A revitalização
O projeto foi definido em um concurso nacional, realizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em 2014. O trabalho foi idealizado por quatro arquitetos e o maior aspecto que deu a vitória para o quarteto, foi a logística e a mobilidade criada no entorno do Mercado Público, integrando outros espaços urbanos. Além da revitalização da estrutura já existente, o espaço será aumentado e o entorno passará por reformas.
A obra, inicialmente, tinha previsão de custar R$ 6 milhões e a empresa Terra Engenharia foi a vencedora da licitação, com R$ 3 milhões abaixo do valor do orçamento inicial (teto) de R$ 9 milhões.
O investimento atualizado da obra é de R$ 7 milhões, com recursos vindos do Governo do Estado, o valor inicial era de 12 milhões, mas, segundo Silva, para adequar à realidade financeira do poder público, o projeto foi modificado. Uma das alterações foi tirar um estacionamento subterrâneo e um teto de vidro que cobria boa parte da estrutura.
Histórico
Construído na década de 1940, o Mercado Público é tombado como patrimônio histórico municipal. Sua construção substituiu o Mercado Velho, que ocupava espaço na Praça Vidal Ramos Sênior, ao lado do Terminal Urbano.
Imagens antigas mostram tropeiros com mulas de carga chegando e circulando pelo antigo local. Na época, as mercadorias eram vendidas ou trocadas. Com o passar das décadas, e sem a devida manutenção, o prédio foi se deteriorando.
Em 2009, o espaço foi interditado pela Defesa Civil, pois o teto ameaçava desabar. Em 2011, a Prefeitura de Lages recuperou a cobertura e, em 2012, iniciou-se uma reforma. O processo parou porque o Ministério Público apontou irregularidades.