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Negociações para venda de hospital de Bocaina do Sul devem ser definidas logo

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Foto: Camila Paes/ Arquivo CL

No prazo de 60 dias, deve ser definido se a Associação São Francisco de Bocaina do Sul irá ou não comprar a estrutura do antigo hospital São José, no município. O prédio pertence à Mitra Diocesana de Lages, que decidiu colocar à venda a estrutura e o terreno em volta.

De acordo com o médico psiquiatra e vice-prefeito de Bocaina do Sul, Valmir Martins Luciano, a associação está em negociação com um grupo de empresários, que têm interesse em comprar e investir no hospital. Para isso, estão aguardando a pesquisa de preços, que a Mitra realiza, para definir o valor que será colocado no imóvel.

A Prefeitura de Bocaina também tem interesse em adquirir a estrutura e se a Associação São Francisco, que tem a preferência, não comprar, o município pode analisar a compra. Valmir ressalta que é um projeto de alto custo e o retorno será a longo prazo.

O médico acrescenta que o hospital tem importância fundamental para a Serra Catarinense, sendo o único que atendia pacientes psiquiátricos. “Os pacientes têm sofrido muito na região”, ressalta. A intenção é, além de retornar com o atendimento de referência em psiquiatria, abrir uma ala de hospital geral, para atender as demandas da população da região.

O hospital

Em 2014, foi interditado pela Vigilância Sanitária do Estado, pois a estrutura já não estava apta para receber pacientes. Além disso, apresentava problemas nas partes elétrica e hidráulica. O hospital São José era a referência para atendimentos psiquiátricos em toda a Serra Catarinense, sendo que os pacientes que precisavam de internação, eram encaminhados para a cidade.

Em sua lotação máxima, chegava a atender 70 internamentos, mas nos últimos dias que antecederam o seu fechamento, estava com capacidade para 30. Com as portas do hospital São José fechadas, os pacientes psiquiátricos da Serra Catarinense precisam ser encaminhados para outras cidades no Estado, de acordo com a disponibilidade de leitos.

Retomada

Após o fechamento, foi criada a Associação São Francisco, com a intenção de reformar a estrutura e voltar e reativar o hospital. Além de assumir a responsabilidade de recuperação, também poderão administrar a instituição, assim que ela voltar à ativa. Com isso já foram investidos R$ 200 mil, provenientes de arrecadações.

Este valor serviu para a reforma da cobertura e estrutura metálica. O prédio é da década de 1960, quando o Padre Theodoro Bauschult conseguiu um recurso proveniente da Alemanha. Com isso, foi construído com referências a arquitetura do país alemão, sendo que não está mais condizente com as necessidades de um hospital.

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