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Mulheres sofrem com assédio no banheiro do Terminal Urbano de Lages

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Limpeza é feita diariamente mas não há serviço de segurança - Foto: Bega Godóy

Lado a lado com o banheiro masculino, sem privacidade, as reclamações não são mais sobre a falta, às vezes, de papel  higiênico, das barras para apoiar a mão e se agachar no banheiro feminino do Terminal Urbano de Lages. Há relatos que as mulheres têm que aguentar os assédios e isso acontece quase que diariamente, já há algum tempo.

Ficou difícil transitar nos arredores e tampouco sentar nos bancos. Segundo a vendedora Sabrina Pereira, basta sentar em um dos bancos da Praça Vidal Ramos Sênior que se corre o risco de ser assediada.

“Geralmente, é morador de rua, mas que insiste em pedir dinheiro e, às vezes, até forçam a situação e a pessoa tem que deixar o local”,  disse ela. Sabrina conta que não é raro ouvir relatos de mulheres que vão usar o banheiro e encontram homens saindo do espaço feminino e, às vezes, até portando faca. Também confirmou que houve o estupro de uma idosa há uns dois anos.

Semana passada, por exemplo circulou nas redes sociais um vídeo que mostra uma briga na Praça do Terminal. A confusão se deu por causa de um homem de cabelos compridos que estaria assediando mulheres.

“Não dá mais pra andar por aqui. Não tem hora para eles abordarem as mulheres. As estudantes passam longe daqui pra evitar serem constrangidas”, comenta Anderson Rodrigo Barbara, o Batatinha de 27 anos, um dos rapazes que aparece no vídeo tentando, segundo ele, defender as mulheres ao supostamente bater numa mulher, no caso era o homem de cabelo longos.  “Aqui fazem até sexo e algumas garotas de programa trazem clientes para cá ”, acrescentou.

“Não tenho coragem de usar. Qualquer engraçadinho pode olhar por cima ou tirar foto e não tem nem vigilantes”, diz outra mulher que passava apressada ao ouvir a conversa. “O comércio já está sendo prejudicado pois as mulheres evitam locais perto dos banheiros. Precisamos que alguém tome uma providência”, emendou a camelô Sabrina .

Providências

O secretário do Meio Ambiente, Euclides Mecabô, prometeu, ao ter conhecimento dos assédios, fazer solicitação para a Polícia Militar realizar trabalhos especiais no Terminal. “Vou pedir reforço no policiamento”, afirmou. Ele também observa que é responsabilidade da secretaria a limpeza e  manutenção dentro e fora do Terminal. “Segurança é com Polícia Militar”, argumenta, lançando o desafio para os militares.

Já a assessoria da Polícia Militar assegurou que não tem conhecimento desses “ataques”, mas fará um trabalho para identificar quem são os assediadores. Também adiantou que o policiamento no local será intensificado, embora afirme que não há registros formais desse tipo de ocorrência no local.

O policiamento será nos horários de maior movimento, como pela  manhã, meio e fim da tarde. A orientação do comando é que as pessoas que se sentirem vítimas, denunciem, pode ser até anonimamente, mas que registrem boletim de ocorrência (BO) para que a PM possa agir.

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