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Lages ganha uma marca: Novos Tropeiros

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Foto: Susana Küster

No dia que Lages completa 253 anos de fundação, a cidade ganha uma marca que foi construída através da participação de duas mil pessoas, que se envolveram em uma iniciativa privada com o propósito de transformar o município em vários aspectos.

Com sete metas para serem realizadas até 2028, a ideia é unir a comunidade para que todos sejam protagonistas do processo de mudança e não só empresas ou o poder público. A marca Novos Tropeiros poderá ser usada por empresas e pessoas na realização de eventos, em publicidade ou de outra forma.

Além da marca, a Glóbulo, empresa de Florianópolis que ressignifica marcas, desenvolveu em um semestre de estudos o projeto Criaticidade, que foi apresentado na noite de quinta-feira (21), no Cine Marrocos.

Foram mapeadas as potencialidades de Lages em oito áreas, chamadas de “tentos” (alusivo a quantidade de tiras que forma um laço), sendo elas: agro, comunidade, criatividade, educação, indústria, inovação, saúde e turismo.

Foram determinadas sete metas para serem cumpridas até 2028. São elas: estar entre os 10 melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado; fazer com que tenha o melhor índice GINI de SC (dado que mostra a desigualdade social); transformar-se no principal território do Brasil em produtos com indicação geográfica; tornar-se principal celeiro catarinense de mão de obra remota da indústria da inovação; implantar programa 50-50, que significa ter 50% da população fazendo 50 minutos de atividade física por semana, reduzindo as doenças; se candidatar para capital mundial do design e transformar a Serra Catarinense como principal destino turístico de Santa Catarina.

Para o vice-prefeito de Lages, Juliano Polese, a ideia é unir a comunidade em prol do desenvolvimento do município. “Há um comitê gestor, que possui um expertise para fazer o meio de campo para quem quiser usar a marca e precisar de apoio em suas ideias. Chamamos eles de facilitadores.”

Além da marca, a Glóbulo, empresa de Florianópolis que ressignifica marcas, desenvolveu em um semestre de estudos o projeto Criaticidade

Todos podem fazer parte da mudança

Através do site www.novostropeiros.com.br será possível ter acesso a todos os conteúdos e se inscrever para fazer parte do movimento. “Os novos tropeiros não fazem parte dessa administração municipal ou de algumas empresas. É uma marca de Lages para que nossa cidade tenha suas potencialidades desenvolvidas. Trabalhamos de forma muito individualizada, temos que nos unir para crescer”, frisa o vice-prefeito de Lages, Juliano Polese. Ele conta que o projeto é inovador e outras cidades procuraram a empresa Glóbulo para também terem seus propósitos renovados.

Entre os dados relevantes do diagnóstico do projeto Criaticidade, percebeu-se, por exemplo, que Lages teve nos últimos oito anos um crescimento populacional de apenas 0,03% e, apesar de uma economia forte, a cidade fica entre os municípios com maior nível de desigualdade social do Estado. 

Outra informação que poderá ser mudada com uma das metas do projeto é tirar Lages do 50º lugar no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e colocar entre os 10 primeiros de SC.

Mais um número que deverá mudar é que a cidade, mesmo sendo a 8ª economia no estado, está entre as 15 piores cidades em desigualdade social. A meta até 2028 é que os Novos Tropeiros a façam ser a primeira de Santa Catarina no índice GINI, que mostra o índice de desigualdade de uma cidade.

Iniciativa privada

O projeto foi patrocinado pelas empresas Klabin, NDD, Banco da Família, Expert Engenharia, Flex, Transul, Engie, CJ Automotiva, Vossko, Posto Guarujá e Serrana Engenharia.

Tem apoio da Prefeitura de Lages e parceiros como Orion Parque Tecnológico, Sebrae, Câmara de Dirigentes Lojistas, Associação Empresarial de Lages, Acil Jovem, Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Sul Florestas, Cisama, Le Conrad, Map Hotel e MsM Imagens aéreas.

Algumas ideias já foram apresentadas

Diogo Machado, sócio da Glóbulo e responsável pelo projeto Criaticidade, apresentou quinta à noite, no Cine Marrocos, algumas ideias. 

  • Transformar a Rua Hercílio Luz, no Centro da cidade, em um calçadão, tornando-se em uma conexão para os pedestres até o Mercado Público Municipal. “O Centro de uma cidade precisa ser voltado para as pessoas, não para os veículos. Um pai deve ter tranquilidade de soltar a mão do filho e ele não ser atropelado.” 
  • Implantar prédios de estacionamento no Centro, simplificar o trânsito e fazer uma reurbanização;
  • Ao lado da ferrovia, implantar uma ciclovia;
  • Atrás do Morro da Cruz, onde existe uma pedreira, fazer uma espécie de lago e trilhas que deem acesso a parte da frente do morro, onde tem a escadaria Frei Silvério;
  • Construir um restaurante ao lado da escadaria para que sirva também de espaço para eventos; 
  • Implantar pequenos apartamentos para pesquisadores na comunidade que vive no pé do morro, para valorizar a região;
  • Na Avenida Ponte Grande, fazer uma ciclovia e espaços de lazer arborizados. 
  • “Precisamos valorizar os bairros para que ninguém precise ir no Centro ou no Coral para fazer algo, afinal seu bairro pode ter tudo o que você precisa”,  Diogo Machado.
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