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Lages apresenta redução da criminalidade, segundo a Secretaria de Segurança Pública

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Nos últimos meses, furtos em escolas preocuparam as autoridades policiais - Foto: Andressa Ramos/ Arquivo CL

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou números da criminalidade em Lages. A notícia é boa, pois houve uma queda acentuada nos indicadores dos crimes mais graves (homicídio, roubo, latrocínio, furto e roubo de carros) no primeiro trimestre deste ano, se  comparado ao mesmo período do ano passado. O furto, por exemplo, caiu de 820 casos para 658, registrando queda de quase 20%.

Os números reforçam a esperança das polícias Militar e Civil. Provam que é possível obter bons resultado no combate ao crime, se ambas estiverem bem aparelhadas e a população denunciar. Isso tudo aliado a criação das redes de prevenção.

Segundo o Delegado de Polícia da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Sérgio Roberto de Sousa, a principal estratégia foi o combate à organização criminosa. Desde março do ano passado foram realizadas mais de 20 prisões de componentes de facções criminosas.

Inclusive, com a identificação e prisão de toda a liderança atuante em Lages e região. Ele avalia ainda que a Polícia Civil de Lages conta um efetivo de 13 policiais, na DIC, e instrumentos adequados para a realização dos trabalhos.

A DIC possui um disque denúncia 24 horas por dia, que é atendido pelos próprios policiais da unidade, é o 197. Na opinião do delegado, outro fator importante foi a estratégia adotada pela Delegacia Regional de Polícia de Lages, no sentido de dar apoio para o setor de investigação, aumentando o efetivo e incentivando os servidores.

Com relação aos crimes de furto, apesar dos índices terem diminuído, o delegado atribui o  mérito à própria população, que cada vez mais está se conscientizando de que o Estado não dá conta sozinho de evitar e reprimir este tipo de crime.

“Para prevenirmos os crimes de furto, a população precisa colaborar no sentido de cuidar mais de seu patrimônio, seja fazendo um pequeno investimento em instalação de câmeras de videomonitoramento em sua propriedade, o que nos auxilia principalmente na apuração das infrações, ou seja  sendo parceira da polícia realizando denúncias e repassando informações de interesse para a segurança pública, sempre que tomar conhecimento de algo relevante”, explica.

Redes de Prevenção são aliadas

Para o Major da Polícia Militar,  Frederick Rambusch os esforços começaram em meados de 2016 com trabalhos realizados em Lages e região. Com foco das ações sobre as causas acerca de dois aspectos: pronta resposta sobre ambientes, em que os indicadores de criminalidade estão ruins ou em razão de demandas relevantes (grandes eventos), ocasiões em que as ações de policiamento são intensificadas de maneira técnica e otimizada.

O outro aspecto, conforme Rambush, diz respeito à análise situacional, ou seja, por intermédio de visitas preventivas e das redes de prevenção (Rede de Vizinhos, Rede de Segurança Escolar, Rede Catarina e Rede Rural de Segurança), as vulnerabilidades são identificadas, gerando, consequentemente, orientações e medidas voltadas a minimizar riscos à segurança.

“Tanto para que moradores e estabelecimentos comerciais auxiliem na segurança mútua, quanto para que o Poder Público, em geral, melhore as condições de segurança de logradouros públicos, assim como tenham conhecimento de fatores de vitimização, como no caso da Rede Catarina, a qual passou a auxiliar na segurança e no encaminhamentos de mulheres vítimas de violência doméstica”, argumenta.

Nova postura

Rambusch observa que tendo em vista o fenômeno migratório do crime, a análise criminal e a capacidade de mobilização operacional e aplicativos para dispositivo móveis, todos combinados, reduzem, por exemplo, os crimes de perturbação da ordem pública.

“É importante destacar para que se compreenda o papel da PM na deflagração de operações, desde rápidas intervenções até o processo contínuo de policiamento em função de demandas tecnicamente avaliadas permanentemente”, assegura.