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Governo do Estado vai chamar 488 aprovados para a Segurança Pública

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Comando local espera que novos policiais sejam destacados para a Serra Catarinense - Foto: Bega Godóy

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, anunciou na manhã de quarta-feira (7), que novos profissionais serão chamados para recompor o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Civil e do Instituto Geral de Perícias (IGP).

Os chamamentos começam em 1º de setembro, com 50 escrivães e 50 agentes da Polícia Civil; além de 94 peritos e dois papiloscopistas do IGP. No dia 1º de novembro, serão chamados 150 soldados do Corpo de Bombeiros Militar, que ainda terá mais 142 chamados em março do ano que vem. A distribuição dos profissionais nos municípios será definida com base em critérios técnicos na hora em que forem efetivados.

De acordo com Moisés, o Estado ainda enfrenta limitações quanto aos gastos com folha de pagamento e precisa atuar com responsabilidade nas nomeações. “Esse é o compromisso do governo, de recompor o efetivo de Segurança Pública. Estamos chamando as pessoas de forma muito responsável, para não extrapolar o limite com despesa de pessoal estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal”, detalha o governador. Pela primeira vez, o chamamento ocorre de maneira equilibrada entre os órgãos, de acordo com o que acredita o Governo do Estado. 

Bombeiros

O capitão Pelozzi, do 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Lages, vê a iniciativa como uma vitória e que os novos soldados chegam em boa hora, para melhorar a qualidade do serviço. Ele afirma que muitos militares entram para a reserva e esse chamamento supre essas demandas do efetivo. Os aprovados a serem chamados precisam passar por curso de formação que dura, ao menos, oito meses. 

“O comando dos batalhões e o comando-geral do Estado definirão, juntos, as demandas e determinarão em qual os profissionais irão atuar,” explica o capitão. O 5º BBM  possui 190 homens distribuídos em 14 quartéis, abrangendo 48 municípios entre a Serra Catarinense e o Alto Vale do Itajaí. O que corresponde a 25% de todo o efetivo estadual pois é o maior em áreas territorial.

Polícia Militar

A notícia de reforço para o Estado deixou o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, o tenente-coronel Alfredo Nogueira, esperançoso, porém, ele alerta que a distribuição de militares independe do comando da região.

“É uma decisão estratégica do comando do Estado”, mas a expectativa é que venham policiais para a Serra Catarinense. A Polícia Militar já tem o aval do governador para chamar 35 oficiais e 500 soldados após os concursos que estão em andamento.

Instituto Geral de Perícias

Faz 11 anos que o Instituto Geral de Perícias (IGP) não chama alguém para os seus quadros, nem faz concurso e, de acordo com o órgão, “estava em situação falimentar em Santa Catarina, demorando muito para atender, precisando chamar profissional em algumas cidades de fora para atender um óbito. São Joaquim, por exemplo, é atendida por Lages quando o assunto é morte violenta. Com o chamamento de 100% dos aprovados de concurso será reforçada a área de investigação.

O gerente da 6ª Mesorregião de Perícia, em Lages, André Rodolfo Gargioni, explica que apesar de tudo é melhor ter a oportunidade de receber legistas e peritos criminais do que não ter previsão alguma. Ele garante que Lages será contemplada com profissionais, mas o número oficial não está definido. É preciso reunir os IGPs do Estado  para verificar as demandas e fazer a distribuição.

“Precisaríamos, aos menos, de nove profissionais”, assegura. Hoje, o IGP trabalha com quatro legistas e um deles está perto de se aposentar. Na lista de aprovados: novos peritos criminais, médicos-legistas, odontologistas e peritos de laboratório.

Polícia Civil

O delegado da 8ª Delegacia Regional de Lages, Fabiano Henrique Schmitt, disse que a região conta com 140 policiais e sempre há necessidade de reforço. Ele frisou que há sucessivos pedidos de reforço, pois a demanda está acima em comparação ao efetivo, um aporte de novos policiais, seja escrivão e agente contribuirá para o dia a dia.

Ele observa que é evidente que o número de policiais está aquém da necessidade do Estado. Por outro lado, ressalta que o Governo sinalizou a tendência de chamamento dos demais aprovados, além dos 100.

“O governador condicionou o chamamento dos excedente ao respeito ao limite providencial da folha de pagamento. Ano que vem, há grande possibilidade de chamamento dos remanescentes do concurso,” explica. 

Os policiais passarão por treinamento e serão incorporados ao quadro. Eles vão se somar aos 34 novos delegados de polícia chamados neste ano. Com isso, a Polícia Civil vai melhorar a prestação do serviço aos catarinenses e aos visitantes. Consequentemente, a inclusão de novos profissionais será mais para manter os índices de segurança hoje alcançados no Estado.

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