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Geração de trilheiros

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Foto: Divulgação/ Dario Lins

A prática do exercício físico contribui para a prevenção de doenças e unida ao contato com a natureza, traz outros benefícios como o alívio da tensão. Desta forma, com a correria do dia a dia muitas pessoas optam por prática saudáveis, que não demandem horários ou dias fixos, assim como as trilhas.

Em Lages, o Parque Natural João José Theodoro da Costa Neto, no Bairro São Paulo, recebe mensalmente cerca de 300 pessoas. Entre elas estudantes das escolas municipais, estaduais e universitários. Além de participar das trilhas disponíveis no local, mais de sete opções, os grupos têm informação sobre a fauna e a flora.

A prática das trilhas no parque é aberta para visitação da comunidade e também para turistas, que têm a facilidade de ter o contato com a natureza em um ambiente próximo à cidade, sem custo algum. O acesso pode ser feito de automóvel, transporte público ou até mesmo de bicicleta ou a pé.

A bióloga Michelle Pelozato auxilia, assim como os demais funcionários, a visitação, mas informa que a prática pode ser feita sem acompanhamento. Desde que siga os passos disponíveis, “O recomendado é praticar as trilhas entre as 8h e às 19h no verão e até às 18h no inverno. Os caminhos do Parque são todos sinalizados por cores e as recomendações ficam disponíveis na placa instalada na guarita”.

Gleice é guia no Parque

Michelle é a bióloga do Parque

O caminho mais curto leva cerca de 30 minutos, já a trilha mais longa pode chegar a 1h30. O local disponibiliza dois guias, um deles é Gleice de Paula Borges que acompanha os visitantes, se houver um pré-agendamento.

Além disso quem pretende se aventurar nessa modalidade não tem muitos gastos, vai precisar de uma roupa confortável, preferencialmente calça e blusa de manga longa para não ser picado por insetos, uma bota, botina ou tênis, repelente protetor solar, chapéu ou boné, e claro, uma garrafinha de água.

Os utensílios vão mudar um pouco para quem se dedica as trilhas de uma forma mais profissional. Se arriscando em novas aventuras. Nesse quesito, Dario Lins é especialista. O guia é responsável pela Eco Trilhas Serra Catarinense, que atende trilheiros de diversas idades.

Dario Lins

A agência localizada em Bom Retiro, atende trilhas de níveis fácil, moderado e difícil. As mais longas de 60, 70 ou 90 km, chamadas de trekking, podem levar de 3 a 4 dias e exigem uma adaptação maior da atividade. Para isso é necessário um melhor preparo físico e também equipamentos, como uma boa barraca que resista a ventos e chuva, e um bom saco de dormir que resista a temperaturas negativas. Calça, jaqueta impermeável, blusa Fleece e uma mochila para levar água, lanche e uma jaqueta impermeável e/ou capa de chuva para dias chuvosos. No mais as atividades de trilhas de um dia são classificadas como hiking.

Como as atividades da Eco Trilhas é de caminhada, não há necessidade de equipamentos de escalada e/ou rapel. “Para a classificação de cada trilha oferecida levamos em consideração a distância do percurso, tempo e duração, grau de aclividade e tipo de terreno. Quanto a definição de participar ou não cabe a cada pessoa que se inscreve, ela assina um termo de responsabilidade e aptidão para realizar a trilha” explica Dario.

Fotógrafo por natureza é autor do livro Olhai as aves do céu – Registro Fotográfico da Avifauna da Serra Catarinense, e atribui os longos anos em busca de belas imagens o conhecimento dos lugares mais incríveis da região. Para ele a trilha mais difícil da Serra Catarinense é a travessia do Campo dos Padres. “É um local inóspito, último território selvagem de Santa Catarina e que abriga o ponto culminante do estado, o Morro da Boa Vista*. São 70 km de caminhada que podem ser feita em 3 a 4 dias”.

*(Bela Vista do Ghizoni) com 1.827m.

Acampamento Cânion do Funil – Bom Jardim da Serra

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