Turismo
Festa da Maçã movimenta setores turístico e econômico
Turistas de diversas cidades de Santa Catarina desembarcaram em São Joaquim, na Serra, para prestigiar a 21ª edição da Festa Nacional da Maçã. Foram cinco dias de programação, com atrações nacionais que movimentaram o Parque da Maçã, e o município. Bastava andar pelas ruas para poder observar, nas placas dos carros, cidades do Litoral e Oeste.
No dia da abertura, com show do cantor Luan Santana, mais de sete mil pessoas lotaram a arena Fuji. Para entrar, era necessário comprar ingresso. Segundo informações da Comissão Central Organizadora foi um dos dias com maior público acompanhado do último domingo (05) com o show das irmãs Maiara e Maraisa. O dia contribuiu para a presença de mais pessoas no parque.
É a primeira vez que a Festa da Maçã acontece no modelo público/privada. Uma das promessas de campanha do prefeito Giovani Nunes era de realizar o evento já em 2018, porém, por cautela de investimentos, decidiu aguardar 2019 e lançou pregão presencial com valor máximo de R$ 400 mil.
A Litoral Eventos foi a que deu menor lance, com valor de R$ 334 mil. Coube a prefeitura, o investimento na reforma do parque e gerir a parte cultural. A empresa ficou responsável por todo o evento.
Para 2020, ele pretende permanecer com o mesmo projeto de pregão para que possa economizar com a festa e manter o padrão de transparência com o município, pois o gasto único foi com a contratação da empresa, não houve receita ou despesas extras, afirma Giovani.
O presidente da CCO, Fabiano Padilha, explica que, se nos anos anteriores foram gastos mais de R$1,5 milhão com as festas, neste ano, além de economia, não houveram prejuízos. Realizar a festa, segundo Fabiano, é resgatar as culturas e etnias, além de desenvolver a parte cultural e estimular aos moradores da cidade.
As crianças do município também estiveram engajados com o evento, trabalhando sobre temas relacionados a São Joaquim, durante 40 dias, como forma de preparação para o tradicional desfile que ocorreu no primeiro dia de festa.
Segundo o prefeito, a Festa da Maçã auxilia na divulgação dos produtos da cidade, além de estimular o setor empresarial. Giovani conta que investidores o procuraram com a intenção de construir loteamentos e hotéis na cidade, visto o potencial econômico e gastronômico do município.
Além da movimentação hoteleira, nos últimos dias, de acordo com o prefeito, recebeu ligações de hotéis e restaurantes informando sobre o número positivo de clientes. São Joaquim é hoje a segunda cidade, perdendo apenas para Petrolina, em Pernambuco, com melhor Produto Interno Bruto (PIB) da maçã no Brasil. Outro título que enobreceu o evento, comemora Giovani, é o de Capital Nacional da Maçã, assinado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro.
Aos 62 anos, ela celebra os 20 anos de artesã. É da arte feita com as mãos que ela tira o sustento para a família, além de manter viva as características do município que vive desde quando nasceu. Desde a primeira edição da festa ela vende seus produtos, são toucas, cachecóis e bonequinhos de neve.
Ele é garçom, fotógrafo, artesão e funcionário público. Marcos Cardoso, tem 60 anos, mas a mente jovem o permite que desenvolva várias habilidades. Ele já foi dono de um dos maiores acervos fotográficos de dias gelados de São Joaquim, mas acabou perdendo esses registros, agora, retoma aos poucos o amor pela fotografia que faz parte de seus trabalhos como artesão. Ele une o amor pela foto com a da escultura. Marcos mostra com alegria uma de suas artes, um calendário, todo feito a mão, que conta com fotos e frases de motivação.
As alegres amigas Serli Lima Pereira, de 62 anos e Salete De Bona Porton da Silva, de 65 anos, cultivam uma arte milenar, a do tear. Elas confeccionam cachecol, capa, pala masculina, manta de pé de cama e cobertores. Serli e Salete comentam que, apesar dos turistas morarem em cidades quentes, eles sempre levam peças mais pesadas como forma de lembrança.
A receita original pode ser da China, mas em São Joaquim todos conhecem a que é feita pelos japoneses. Todos os anos, moradores e turistas podem provar o yakisoba da colônia que adotou São Joaquim como cidade para morar e constituir família. Rosa Umemiya, de 55 anos, nasceu em São Paulo, mas conheceu o esposo, casou-se e vive com ele na Serra Catarinense.
Para preparar o prato típico, é necessário criar uma escala de trabalho entre 30 pessoas. Quem tem a oportunidade de conhecer a cozinha, pode observar que além de muita organização, há alegria, carinho e entusiasmo no que está sendo preparado para servir.