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Faltam melhorias nas estruturas das escolas estaduais

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A área do muro da escola Pinto Sombra será isolada nos próximos dias, de modo a garantir a segurança dos profissionais e estudantes - Fotos: Andressa Ramos

A limpeza das escolas da rede estadual de Lages começou na terça-feira (15). Elas até podem ser limpas e dedetizadas, mas a principal questão é: elas estão aptas a receber os alunos? Sua estrutura é eficiente para recebê-los? Circulando por algumas das escolas da cidade é possível perceber forros cedendo e podres, paredes descascando, pisos soltos ou até mesmo sem os azulejos.

Na Escola General Pinto Sombra, no Bairro Guarujá, os muros precisam de pintura. Ao passar pelo portão principal, é possível perceber que as paredes estão com buracos e deterioradas. A escola precisa de reforma.

No mês de março do ano passado, o Correio Lageano noticiou que a Pinto Sombra estava com problemas na parte elétrica, tinha parede rachada, faltava acessibilidade, refeitório, havia banheiro entupido, ar-condicionado não funcionava.

Na matéria falava, ainda, que a escola receberia uma reforma, mas isso não aconteceu. O muro lateral, onde está a quadra de esportes, desabou. O local não está interditado e, se alguém quiser entrar, pode fazê-lo sem esforço.

A Secretaria de Estado da Educação (SED) esclarece que a área do muro da escola Pinto Sombra será isolada nos próximos dias de modo a garantir a segurança dos profissionais e estudantes, não comprometendo o início do ano letivo, e que a obra do muro está em orçamento.

A SED ainda ressalta que as 57 escolas pertencentes à região de Lages estão recebendo serviços de roçadas e dedetização, a fim de garantir o início das aulas no próximo dia 11 de fevereiro. A realidade descrita acima não é particularidade da Escola Pinto Sombra, é algo vivenciado por professores e estudantes de muitas unidades da cidade e da região.

A maioria das escolas possui ventilador ou ar-condicionado, porém, nenhuma consegue ligar todos os aparelhos juntos. Em algumas, os equipamentos estão encaixotados, ou apenas instalados sem funcionar.

“Tenho medo de ligar e queimar”; “não ligamos, pois ficamos sem energia”; “de que adianta ter o ar-condicionado aqui se não podemos usar?”; “essa estrutura é muito antiga, desde a época da fundação, e são anos”. Estes, são alguns dos relatos de pessoas que estão dentro das escolas diariamente.

Na Escola de Educação Básica Jorge Augusto Neves Vieira, no Bairro Pisani, a escola passou por reparos na pintura da cozinha, no saguão, e em duas salas de aula. A pintura só foi feita graças a uma doação de tinta. Mesmo assim, ainda está com a pintura das paredes descascadas; a parte elétrica é antiga e não é possível ligar os aparelhos de ar-condicionado.

Os moradores descrevem problemas na parte externa, como a sinalização de trânsito e uma passarela que é o principal acesso dos alunos à escola. O secretário de Planejamento e Obras, Claiton Bortoluzzi, explica que a lombada está funcionando, mas enfatiza que haverá um reforço na sinalização para que os motoristas tenham consciência da velocidade. Sobre a passarela, Claiton comenta que irá verificar se está com problemas, pois, segundo os moradores, está escorregadia e ‘bamba’.

Situação pior ainda é a da Escola Belisário Ramos. Depois dos últimos temporais, a cobertura ficou prejudicada, houve, inclusive, destelhamento. Além disso, lâmpadas estão queimadas, aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos se ligados juntos podem derrubar o disjuntor e a escola ficar sem energia elétrica.

Um dos banheiros está interditado por causa de vazamento e vasos estão entupidos, além de salas de aula estão com piso bruto. As que são divididas por madeira estão com partes podres. Segundo a Secretaria de Estado da Educação, a escola deve passar por reforma. Foi aberto, no ano passado, licitação, mas foi impugnada. Em fevereiro será lançado outro edital com valor estimado de até R$ 1,8 milhão a ser utilizado para reforma geral.

A Secretaria de Estado da Educação repassará à Gerência de Educação de Lages o valor de R$ 1,7 milhão para custeio e manutenção das escolas como troca de forros, telhas, vidros, portas entre outros pequenos reparos.

Segundo levantamento da equipe de infraestrutura Regional, as escolas estão em condições para o início do ano letivo e não há unidades em situação crítica ou que prejudique o andamento das aulas.

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Limpeza nas escolas

Desde a terça-feira (15) as escolas estão passando por limpeza. O gerente da empresa HHL, terceirizada contratada pela Gerência da Educação, Hélio de Liz, garante que todas estarão prontas antes do início das aulas. As 54 escolas da região que compreendem a Gered Lages receberão a limpeza. As escolas Pinto Sombra, Nossa Senhora do Rosário, Maria Quitéria, Jorge Augusto, Rubens, já tinham recebido as roçadas entre terça e quinta-feira.

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