EUA esperam que novas sanções façam Irã desistir de programa nuclear

Washington, 20/06/2010, (EFE)
 

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse neste domingo que as novas sanções contra o Irã têm uma "possibilidade razoável" de funcionar e obrigar o Governo de Teerã de colocar fim ao seu programa nuclear.

 

Em entrevista à rede de TV "Fox News", Gates afirmou que as medidas punitivas têm "um potencial real" e acrescentarão pressão ao Governo de Teerã para que mude sua conduta.

 

O chefe do Pentágono destacou que o Governo iraniano conta agora com uma base de apoio menor, algumas figuras religiosas foram afastadas do poder e "parece movimentar-se na direção de uma ditadura militar", uma acusação que também fez a secretária de Estado, Hillary Clinton.

 

Em 9 de junho, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a quarta rodada de sanções contra a República Islâmica, após a qual os Estados Unidos e a União Europeia adotaram medidas unilaterais mais duras contra esse país.

 

Os aliados mantêm que o programa nuclear iraniano tem fins militares, enquanto Teerã insiste em que é pacífico.

 

Na entrevista à "Fox News", Gates se referiu à situação no Afeganistão, com o aumento das baixas americanas nos últimos meses.

 

O secretário de Defesa disse que era de esperar o aumento do número de baixas porque as forças dos EUA estão entrando em áreas controladas pelos talibãs há vários anos.

 

Ele reafirmou que em julho de 2011 os Estados Unidos começarão a retirada de suas forças, como prometeu o presidente, Barack Obama.

 

No entanto, o ritmo dessa saída "dependerá das condições no terreno", disse, e negou que nessa data já esteja prevista a retirada de um grande número de tropas, como supostamente disse o vice-presidente, Joseph Biden, em uma entrevista ao jornalista Jonathan Alter.

 

Por outro lado, Gates afirmou hoje que "isso não está decidido", e acrescentou que ele nunca escutou Biden expressar essa opinião.

Foto: (EFE)