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Estudantes afirmam serem vítimas de abuso na escola

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A informação de que duas meninas teriam sido estupradas no Colégio Martinho de Haro, no Centro de São Joaquim, não foi confirmada pelo delegado Fabiano Henrique Schmitt, responsável pela apuração do caso. O fato teria ocorrido na segunda-feira (20), mas só na terça-feira (21) as duas adolescentes (de 12 e 13 anos) procuraram a diretora da instituição. Elas estavam chorando e contaram que dois estudantes do colégio, ambos de 14 anos, teriam passado as mãos nas partes íntimas delas.

O delegado explica que na investigação foi constatado que não houve estupro. Os adolescentes foram autuados para apuração de ato infracional pela contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor. O delegado afirma que quando as informações chegaram à delegacia, eram sobre a ocorrência de um estupro, porém “isso não se confirmou”. “Para ser considerado estupro precisa haver coerção e ameaça, e isso não se configurou na apuração do caso. Os adolescentes responderão uma medida socioeducativa que poderá ser aplicada pelo Ministério Público,” informou Schmitt.

Segundo o boletim de ocorrências da PM, as garotas, contaram para a diretora da escola que enquanto um dos meninos as segurava, o outro praticava o abuso. Os estudantes teriam dito que gostariam de fazer sexo com as meninas e, há algum tempo, usavam adjetivos ofensivos e xingamentos contra elas. Eles também teriam colocado a mão, propositalmente, sobre a cadeira delas na sala de aula, fazendo com que se sentassem, involuntariamente. Ainda de acordo com o boletim de ocorrências da PM, as meninas não procuraram ajuda antes por medo, já que um dos meninos estaria postando, com frequência no WhatsApp, fotos de armas de fogo.

Susto_ A diretora da escola, Heloísa Janaína da Silva Rodrigues, frisa que ao saber do caso chamou as mães dos meninos, e eles foram transferidos para outra instituição de ensino. “Isso nunca aconteceu aqui dentro. São ótimas alunas e a situação ficou insustentável, eles precisaram ser transferidos de escola”.

Heloísa disse que uma das medidas a serem adotadas como resposta a este caso, é a realização de palestras para a comunidade escolar, a fim de debater temas como sexualidade, abuso sexual, entre outros assuntos. “Inclusive, uma das professoras terminou há pouco um trabalho sobre sexualidade”, comentou.

Conselho Tutelar_ Os meninos que teriam praticado o ato foram encaminhados para o Conselho Tutelar que atende casos dessa natureza. Eles também foram encaminhados para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).