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Estimativa é que 9 mil novos casos de câncer sejam registrados em SC

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Um diagnóstico que deixa uma família inteira de cabeça para baixo. O primeiro pensamento é o mais obscuro possível, que não haverá saída e o resultado de tudo, será a morte. Por ano, mais de 8 milhões de pessoas morrem devido ao câncer. Em Lages, no ano passado, foram 236 mortes só por essa doença. Neste mês, foi lembrado no mundo inteiro o Dia Mundial do Câncer, com a realização de campanhas de conscientização e palavras de esperança para quem passa por esse problema.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer, o de pele é o de maior incidência no Brasil. Estima-se 85.170 casos novos de câncer de pele não melanoma, entre homens e 80.410 nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 82,53 casos novos a cada 100 mil homens e 75,84 para cada 100 mil mulheres. O principal fator de risco para os cânceres de pele melanoma e não melanoma é a exposição excessiva à radiação solar ultravioleta (UV). Outros fatores, como cor de pele, olhos e cabelos claros; história familiar ou pessoal de câncer de pele; o sistema debilitado por doenças ou em indivíduos transplantados por causa do uso de imunossupressores (azatioprina e ciclosporina), pode aumentar o risco de desenvolver câncer de pele.

Para os homens, o tipo mais comum da doença é o de próstata. Deverão ser 68.220 casos novos e correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens. As maiores taxas ocorrem nas Regiões mais desenvolvidas: Sul e Sudeste. Em 2015, ocorreram 14.484 óbitos por câncer de próstata. O Ministério da Saúde recomenda que o SUS intensifique as ações para a detecção precoce do câncer, reforçando a importância do envolvimento dos profissionais de saúde, no sentido de oferecer atendimento adequado e humanizado para a população, fornecendo orientações sobre os sinais e sintomas da doença e encaminhando para a realização de exames quando houver indicação clínica.

Para as mulheres, o câncer de mama é o mais incidente. São 59.700 novos casos para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. Nos países de baixa e média rendas, o diagnóstico do câncer de mama ocorre em estágios mais avançados da doença, aumentando a morbidade relacionada ao tratamento, comprometendo a qualidade de vida e reduzindo a sobrevida dos pacientes.

No intuito de modificar esse cenário, o controle do câncer de mama tem sido uma das prioridades na agenda da Política Nacional de Saúde do Brasil. Assim, o Ministério da Saúde, por meio da publicação “Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil”, recomenda a identificação da doença em estágios iniciais por intermédio das estratégias de detecção precoce, pautadas nas ações de rastreamento e diagnóstico precoce. A mamografia bienal para as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos é a estratégia de rastreio indicada, enquanto o diagnóstico precoce é formado pelo tripé: população alerta para os sinais e sintomas suspeitos; profissionais de saúde capacitados para avaliar os casos suspeitos; e sistemas e serviços de saúde preparados para garantir a confirmação diagnóstica oportuna e com qualidade.

Em Santa Catarina

As estimativas para Santa Catarina, segundo o Inca, mostram que os cânceres de Próstata e Mama deverão ser os mais incidentes. Serão 2.600 casos de Próstata e de Mama, 2.190. Além disso, os índices da doença no sistema respiratório também são altos, com 1.730 novos casos. Para o Brasil, estimam-se 18.740 casos novos de câncer de pulmão entre homens e de 12.530 nas mulheres, para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 18,16 casos novos a cada 100 mil homens, sendo o segundo tumor mais frequente; e com um risco estimado de 11,81 para cada 100 mil mulheres, ocupando a quarta posição

O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão, sendo responsável por, aproximadamente, sete milhões de mortes anuais no mundo. O Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos ligados a perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura.

Em Lages

Segundo os dados divulgados pela secretaria de Saúde de Lages, os cânceres em órgãos digestivos são os mais comuns. Segundo dados do Inca, estimam-se 13.540 casos novos de câncer de estômago entre homens e 7.750 nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019 no Brasil. Esses valores correspondem a um risco estimado de 13,11 casos novos a cada 100 mil homens e 7,32 para cada 100 mil mulheres. Entre homens, é o quarto mais incidente e o sexto entre as mulheres

A pesquisa mostra que diferenças são observadas entre os sexos, sendo duas vezes mais frequente no sexo masculino do que no feminino. Corresponde a 8,5% do total de cânceres em homens, reduzindo uma posição no ranking dos tumores mais comuns quando comparado ao sexo feminino (4,8%)

A previsão global para 2025 sugere que as taxas de incidência para o câncer de estômago apresentarão decréscimos anuais, da mesma maneira que a mortalidade, como já vem sendo observado nas últimas décadas. Em contrapartida, tem aumentado, com os anos, a probabilidade de sobrevida, atingindo 30% em cinco anos

 

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