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Espera por diagnóstico completa dois anos

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Foto: Marcela Ramos

Há 16 anos, Ederci Marcondes, 52 anos, sofre com tonturas que até 2017, não estavam atrapalhando sua lida no campo. Porém, naquele ano,além de se sentir tonta, começou a ter crises convulsivas. Para conseguir um diagnóstico, buscou o médico Santos Viana, que atende a comunidade de Macacos, onde mora.

O médico solicitou uma tomografia, que ela conseguiu realizar em outubro de 2018. O exame detectou área hipodensa na substância branca do lobo parietal esquerdo e existência de sulcos cerebrais (no cérebro). Diante desse resultado, foi pedido um encaminhamento em março deste ano para um neurologista detectar o que está ocorrendo com Ederci.

Mas, mesmo depois de quase três anos de idas ao médico e um exame de tomografia, atestando que ela precisa com urgência de um neurologista, como o médico que atende ela no interior, escreveu no pedido de um especialista, ela não consegue uma consulta. O último pedido data de 28 de março de 2019.

Ederci não consegue mais trabalhar, o que já foi constatado pelo médico em 2017. Ela tem uma audiência no dia 10 de julho para ser decidido se é ela receberá aposentadoria por invalidez ou não. Enquanto as dores de cabeça, tonturas e crises convulsivas continuam, ela cai com frequência e sofre hematomas pelo corpo.

O diretor de atenção especializada da Secretaria Municipal da Saúde, Cézar Espanhol afirma que entrará em contato com Ederci. Ele frisa que nenhum neurologista atende pelo SUS, em Lages. “Abrimos processo seletivo e não se apresentou ninguém. Abrimos credenciamento e também não se apresentou nenhum médico nessa especialidade. Aí pra não deixar nossos pacientes desassistidos, conseguimos comprar 100 consultas por mês, no município de Campos Novos, para nossos pacientes serem encaminhados para lá”.

 

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