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Entrevista com o vereador Lucas Neves

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Foto: Marcela Ramos

Colaborou Suzane Faita

Uma das suas ações na campanha foi o gabinete móvel, algumas pessoas afirmam que está parado. Por que o gabinete está parado?

O gabinete não está parado. Quem diz que o gabinete está parado é porque não acompanha nosso trabalho, toda semana estamos rodando com ele. Diz isso quem não acompanha a nossa página no Facebook. E faço um desafio para vocês do Correio Lageano, que nunca fizeram uma reportagem sobre o nosso gabinete móvel [em 2018, em uma entrevista como candidato a deputado estadual respondeu a uma pergunta sobre o gabinete móvel. A entrevista foi publicada nas redes sociais do CL, na edição impressa do Correio Lageano e no Portal CLMais]. Um projeto premiado pela Udesc/Esag, reconhecido por vereadores de outros municípios. Nós rodamos toda semana, posso passar o itinerário para vocês. O último bairro que estivemos foi o Maria Luiza, na quinta-feira (25 de julho). O gabinete móvel tem uma atuação mais forte na quarta-feira. A nossa proposta é estar a cada semana em um bairro diferente, mas a gente acaba rodando, praticamente, todos os dias. Infelizmente, o Correio Lageano nunca fez reportagem sobre o gabinete móvel, Correio Lageano nunca teceu comentário a respeito do prêmio [A colunista de política, Olivete Salmória, publicou, no dia 15 de agosto, uma nota, com foto, sobre a premiação, inclusive com uma declaração do vereador] e também nunca buscou se informar do itinerário ou do projeto. Da mesma forma, acaba passando essa impressão para os seus leitores que o gabinete móvel não está funcionando, mas ele ‘tá’. Entra na minha página no Facebook, LucasNeves.sc, você vai ver todos os vídeos com o gabinete móvel. E eu faço um desafio aos leitores, ele [gabinete] não está parado. E, outra coisa, o gabinete móvel é mantido com recursos próprios, nunca pedi dinheiro para ninguém para colocar meu gabinete móvel para funcionar. E se não fosse um projeto assíduo e que fizesse a diferença não teria sido premiado por uma instituição como é a Udesc/Esag. 

Por que o senhor acredita que acontecem essas dúvidas em relação ao projeto? Há algum tipo de conflito de interesses dentro da própria Câmara?

A intenção da oposição é sempre dizer as coisas, e daí, a imprensa, muitas vezes, também não ajuda. Como eu disse, o Correio Lageano nunca falou nada do Gabinete Móvel, e agora vem para falar o quê? Que o gabinete não tá funcionando. Entra lá no meu Facebook, as pessoas vão ver, quem acompanha o meu trabalho sabe, dou mais um exemplo aqui, reforço, ganhamos um prêmio no ano passado e o Correio Lageano não deu nenhuma linha. Então, às vezes, a imprensa contribui para que as pessoas tenham essa impressão que o gabinete não está funcionando. 

O seu partido é o PP, situação no Executivo Municipal, mas, às vezes, o senhor se comporta como oposição, lembro do impeachment do vice-prefeito Juliano Polese (PP), que o senhor votou a favor. Não é contraditório sua atuação? O que aconteceu depois dessa votação, no seu partido e na Câmara?

Primeiro que eu não tenho partido nenhum, o partido não é meu, e nem eu sou do partido. Eu tive de me filiar a um partido para concorrer à eleição e, desde o início, mantive minha postura de forma independente. Quem acompanha o meu trabalho sabe que não foi só neste momento, tudo que acho que está errado, cobro. Para mim, contraditório é você trair seu eleitor e isso não faço. 

Mas o senhor escolheu u partido mais adequado com o que o senhor pensa e se identifica, que é o Partido Progressista…

Naquele momento era o partido adequado para a cidade, mas a gente muda de ideia, acho que o ignorante é aquele que não muda de ideia, sábio é aquele que reavalia suas escolhas, muda de ideia e encontra caminhos melhores e mais fáceis. 

O senhor, geralmente, atua de maneira progressista?

Atuo de forma independente e comprometida com a população, não tenho compromisso com o partido, não tenho compromisso com questões ideológicas, tenho compromisso com aquilo que é importante para a população, essa é a tônica do meu mandato desde o início. 

Ano passado o senhor teve uma votação expressiva para deputado estadual, isso se deve, principalmente, à visibilidade enquanto jornalista, o senhor atuou muitos anos aqui em Lages. O senhor já pensava em ser político quando fazia as matérias de denúncias na televisão?

Eu pensava que era um cidadão que queria cumprir meu trabalho. O trabalho do jornalista, se não for para fazer diferença na vida das pessoas, não serve para nada. E, no ano passado, não fui avaliado pelo meu trabalho de jornalista, já estava quase quatro anos fora do ar, fui avaliado pelo meu trabalho como vereador. Em 2016, foi porque era conhecido. E outra coisa, não basta ser conhecido, tem de ser reconhecido. Quantas pessoas saíram do Jornalismo e foram candidatos a vereador e não fizeram nem o seu peso de votos. Eu não. Consegui fazer uma votação histórica, justamente pelo reconhecimento ao ‘nosso’  trabalho. Em 2018, não fui reconhecido por ser jornalista, fui reconhecido pelo trabalho realizado como vereador. ‘Fizemos’ seis mil [votos] em 2016 e ‘fizemos’ 26.794 em 2018, isso não é resultado de ser conhecido, mas de trabalho largo em dois anos como vereador. 

Há conversas que o senhor pretende mudar de partido, que teria recebido propostas do MDB, PRB, Podemos e Democratas. O senhor quer mudar de partido, para um que seja mais adequado a sua visão política?

Eu acho que isso não é mais segredo para ninguém, não há conversas, fui eu mesmo que falei na imprensa, vou mudar de partido. Partido se fosse bom não se chamava partido, isso é importante eu dizer, preciso de uma sigla para concorrer no ano que vem ao cargo de prefeito. Esse é o meu objetivo, não vou mais concorrer a vereador. Agora, por qual sigla vai ser? Neste momento estou avaliando diversas possibilidades, entre elas, essas que você citou. Inclusive, posso te dizer que a sigla para onde vou você nem citou na sua lista [A Colunista Olivete Salmória informou que será o PSL, o vereador, não confirma], este é o encaminhamento. E não estou buscando nada a respeito de alinhamento ideológico, estou buscando aquilo que seja bom para a cidade e que nos dê as melhores condições para que ‘a gente’ possa concorrer no ano que vem. 

O senhor quer ser prefeito no ano que vem, acredita que já tem experiência suficiente para o cargo?

Se eu acreditasse que não ‘tinha’ experiência, não iria me colocar como candidato. 

O senhor gostaria de falar mais alguma coisa?

Primeiro, dizer que o gabinete móvel, que foi a sua primeira pergunta, está funcionando desde o primeiro dia de mandato. Volto a lamentar o fato de o Correio Lageano nunca ter feito reportagem a respeito disso, já foi destaque no Diário Catarinense e na NSC TV e no jornal O Momento. O Correio Lageano, a única vez que falou do gabinete móvel foi na sua pergunta, para dizer que ele estava parado. Eu faço um desafio aos jornalistas do Correio Lageano e ao leitor que fez a pergunta, que entrem na nossa fanpage, e que volte dia a dia, para ver o gabinete móvel funcionando, e se, ainda assim, não estiverem convencidos, estão convidados a rodar de gabinete móvel comigo pelos bairros da cidade para conhecer os problemas. Você perguntou a respeito de experiência para ser prefeito, acho que a maior experiência que alguém tem ou precisa ter para ser prefeito, é conhecer a cidade, os desafios, sua gente, olhar nos olhos e entender quais são as dificuldades da população. Muitas pessoas já se disseram, no passado, muito experientes, empresários e políticos e foram eleitos prefeitos. Vemos hoje a bandalheira que está virada a nossa cidade, então, está na hora de alguém que realmente conheça a cidade e que seja natural daqui, que tenha o umbigo enterrado nesta cidade e que possa conhecer de verdade os anseios da população. Eu faço, primeiro, o desafio do gabinete móvel, vocês estão desafiados por mim, se assim entenderem. Não quero parecer, de outra maneira, que não um desafio do bem, porque, da mesma forma que vocês perguntaram, eu gostaria de mostrar que o gabinete móvel está funcionando. Me dá um gasto de gasolina bem excessivo por mês, que tiro do meu bolso e não peço para ninguém para poder rodar com ele. E também falar das mais de três mil matérias que fizemos ao longo desses dois anos e meio de mandato, de forma independente. Não tenho compromisso com o partido, Vinicius, seja com esse ou aquele, meu compromisso é com a população, e meu compromisso com a população está acima de qualquer bandeira partidária, acima de qualquer rusga e picuinha política que possa aparecer. 

Mas as pessoas atrelam o candidato ao partido, ou o senhor não acha isso?

Isso é um pensamento tão antigo, se a gente for ver, tem 33 partidos, a última atualização que eu vi, na semana passada (a entrevista foi realizada em 29 de julho), no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Será que tem 33 formas de pensar diferentes umas das outras? Trinta e trÊS formas de se administrar uma cidade, um país? É claro que não existe. Então, temos muitos partidos, que são muitos interesses, na verdade. O que precisamos é colocar, acima de qualquer partido, o interesse da população, quando essa lógica for invertida, a gente vai ver as coisas mudarem. 

O senhor pode revelar qual o partido que vai para se candidatar a prefeito?

Não. No momento certo vocês vão saber, vamos informar da maneira mais correta que definirmos, e a maneira mais correta que tenho sempre, é através das minhas redes sociais, temos lá os nossos seguidores e, se vocês acompanharem as minhas redes sociais, no momento que a gente fizer esse anúncio, também vão saber, junto com a população. 

Colunas Olivete Salmória

Coluna de 2018, em destaque a notícia do prêmio

 

Coluna de 2019, sobre a possibilidade do vereador filiar-se ao PSL, nota em destaque

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