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Educação Financeira pode ser estímulo aos funcionários
Você está endividado e não sabe a quem recorrer. Com tantas contas para pagar e o dinheiro cada vez mais curto, pensa em fazer um empréstimo, mesmo não tendo certeza de que o que está fazendo é o certo. Pede para que o empréstimo seja descontado na folha de pagamento. A partir desse ponto, começa mais uma etapa do endividamento e é nessa hora que muita gente parte para a ala dos inadimplentes, pois, além de comprometer 30% do salário, mantém o mesmo padrão de vida, sem cortar gastos, nem fazer economia.
De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira dos Educadores Financeiros (ABEFIN) em Santa Catarina, Márcio Borges, um funcionário gasta, em média, 13% do seu dia em questões financeiras. Para evitar que os funcionários gastem dinheiro no que não devem e estimular investimentos, a educação financeira nas empresas está sendo motivada. Márcio ressalta que um colaborar com dificuldades financeiras, produz menos, tem estresse, insônia e irritabilidade, rendendo menos. E, ainda, que como em outros estados, 84% dos funcionários enfrentam dificuldades para lidar com o dinheiro, sofrem prejuízos ou não entendem de finanças.
Veja orientações para empresas iniciarem um programa de educação financeira
- Não entenda Programa de Educação Financeira para Empresas como palestras de finanças pessoais ou cursos de investimentos
- Trate Educação Financeira como responsabilidade social na empresa, beneficiando funcionários, familiares, comunidade e a própria empresa
- Adote critérios e oriente o funcionário antes de disponibilizar crédito consignado. É importante que o empréstimo seja consciente, para que realmente o ajude a solucionar o problema. Muitas vezes, é um alívio imediato, mas que, em poucos meses, se torna um problema ainda maior, principalmente porque seus ganhos líquidos mensais serão reduzidos em, aproximadamente, 30%
- Procure um programa estruturado de educação financeira que possa se adequar facilmente aos diferentes perfis de necessidade da empresa e dos funcionários
- Crie campanhas de conscientização e de mudança de hábitos e costumes em relação à utilização do dinheiro
- Antes de decidir por um programa de educação financeira, analise a sua estrutura, como tempo, método, material de apoio e disponibilidade dos funcionários
- A educação financeira independe do salário do colaborador. Os problemas podem ocorrer, até mesmo, nos maiores salários da empresa
- O problema da falta de educação financeira já está intrínseco em nossa sociedade. Sendo assim, não é culpa do trabalhador
- A empresa que investe em um programa de educação financeira também ganha, visto que seus colaboradores trabalham com mais prazer, mais tranquilidade e buscando crescimento, pois retomam a consciência de ter objetivos;
- Oriente os funcionários a combaterem a causa do problema financeiro e não apenas os efeitos.