Economia e Negócios
Cresce a confiança do consumidor, indica pesquisa do SPC e CDNL
Os brasileiros estão mais confiantes na economia do país e com a possibilidade de uma melhoria em sua situação financeira. É o que mostra a pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O índice de confiança do consumidor brasileiro aumentou 2,4{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} entre setembro e outubro, elevando a medição de 41,3 pontos para 42,1 pontos.
Pela metodologia, em uma escala de 0 a 100 pontos, quanto mais próximo da pontuação máxima, maior é a percepção de otimismo. O Indicador de Confiança é composto pelo Subindicador de Expectativas, que subiu de 52,7 para 54 pontos, e pelo Subindicador de Condições Atuais (de 29,8 pontos para 30,3 pontos).
Na avaliação do presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o país está retomando o crescimento, embora ainda de forma lenta. Ele acredita que a percepção virá nos próximos meses e com isso haverá um resgate maior da confiança. “A mais aguardada mudança é a redução do desemprego, que já registrou queda nos últimos meses, mas ainda permanece elevado e foi fortemente influenciado pelo aumento da informalidade”, disse o executivo.
Dos 801 consumidores ouvidos, 83{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} consideraram que as condições atuais da economia brasileira ainda não são boas. Para 42{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} desses entrevistados, um dos principais pontos negativos é o desemprego.
Embora reconheçam que a inflação vem caindo, 30{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} ainda veem os reajustes de preços como um obstáculo ao crescimento econômico. Para 13{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7}, o que prejudica são os juros altos. Outros 14{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} dos consultados avaliaram como regular o desempenho e 2{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} acharam que o país está vivendo um bom momento.
Apesar de ter prevalecido a percepção mais negativa, o levantamento indicou que há menos consumidores insatisfeitos com a sua própria condição financeira do que em relação à economia do país. Para 41{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} dos sondados, o quadro é ruim ou péssimo, enquanto 47{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} indicaram como regular e classificaram como bom.
Quando questionados se estavam exercendo alguma atividade remunerada, mais da metade (57{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7}) respondeu que sim; 27{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} demonstraram receio de ser demitidos e 31{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} consideraram baixa essa possibilidade.
Os que demostraram mais ceticismo alegaram ganhos baixos e dificuldades para pagar as contas, segundo apontaram 43{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} dos consumidores. O desemprego foi a queixa de 32{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7}, a queda da renda familiar de 16{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} e 4{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} disseram ter tido algum imprevisto que atrapalhou o orçamento.
Já 70{e0a27478f1ebbd5b427ff8a22f664cc767415f3c93393eb5a980a462dbe958f7} afirmaram que estão bem com a sua vida financeira por fazer um bom controle de seu orçamento. A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti,recomenda que é importante colocar a organização das finanças entre as prioridades. Ela lembra que gastar mais do que se ganha pode ser “a raiz do endividamento, da inadimplência”.