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Correios afirma que agências não irão fechar

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Foto: Andressa Ramos

Em estado de greve desde 2014, os trabalhadores das agências dos Correios vêm enfrentando dificuldades na empresa. Portas fechando, funções sendo extinguidas e cobranças abusivas nos planos de saúde, são alguns dos motivos para o alerta.

Em outubro, a Estatal anunciou o fechamento de 41 agências, em 15 estados do país. De acordo com a empresa, as unidades que serão desativadas estão em imóveis alugados, localizadas muito próximas umas das outras (menos de dois quilômetros) e não geram lucros. A empresa informou que os funcionários que trabalham nesses locais serão realocados.

Atualmente, os Correios têm pouco mais de 6,3 mil agências próprias em todo o país, além de 4,3 mil comunitárias, mil franqueadas e 127 permissionárias. Segundo a empresa, o encerramento das atividades dessas agências faz parte do processo de remodelagem da rede de atendimento, que prevê a substituição gradativa de unidades convencionais “por soluções diferenciadas e mais adequadas às necessidades dos clientes”.

Em Santa Catarina, alguns dos 3.700 profissionais estão sob a ameaça de perderem seus empregos. Até agora, duas agências na Grande Florianópolis foram fechadas e sem previsão de retorno. De acordo com o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares (Sintect) de Santa Catarina, André Vinicius, os Correios vêm fazendo fechamento de forma esporádica, não anunciando sobre o encerramento das atividades. “A empresa simplesmente fecha as portas e não avisa antecipadamente.”

Uma das explicações foi sobre a quantidade de agências, assim, onde tiver uma empresa dos Correios, com 15 quilômetros de distância uma da outra, a agência seria fechada, assim, por muitas cidades serem próximas, haverá fechamentos.

Sem saber dos motivos reais, o sindicato se organiza para entregar ao Ministério Público um documento para solicitar informações sobre as razões que estão levando ao fechamento. “Eles alegam que o problema está em prédio alugado, sendo que tem agência abrindo em prédio próprio, então, isso cai por terra”.

Algumas funções serão extintas, assim, a demanda será maior, mas os trabalhadores poderão se organizar em um novo sistema, onde as etapas de entrega serão divididas em dois dias. A redução no número de trabalhadores também acontece por meio de incentivo da aposentadoria dos mais antigos. Com a saída deles, novas pessoas não estão sendo contratadas.    

Por e-mail, a assessoria de imprensa dos Correios em Santa Catarina informou que não há política em andamento para fechamento de agências no Estado, além disso, enfatizou que não houve fechamento de agência que realizam atendimento ao público em 2018, em Santa Catarina.

“No momento, temos uma agência fechada provisoriamente, AC Bocaina do Sul, por possíveis problemas na estrutura do imóvel. As obras realizadas no local pelo proprietário foram embargadas pelo Corpo de Bombeiros.”

A assessoria respondeu ainda que não houve fechamento definitivo de agências. Alguns processos de fechamento foram conduzidos por problemas nas renovações contratuais de imóveis ocupados pelas unidades de atendimento.

Na impossibilidade de renovação dos contratos, por falta de habite-se, por exemplo, os Correios têm procurado parcerias com as prefeituras para abertura de AGC (agências comunitárias), visando à manutenção do atendimento postal na localidade até que se concluam os processos de localização de um novo imóvel. Em todos os casos houve sucesso na negociação com o poder municipal.

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