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Coletivo de artesãos é criado a partir da Feira de Arte e Artesanato

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Feira na Praça Joca Neves acontece todo segundo domingo do mês - Foto: Márcio Machado/Divulgação

A Feira de Arte e Artesanato que acontece todo o segundo domingo do mês, na Praça Joca Neves, em Lages, comem ora três anos em março. Em 2020, foi criado um coletivo de artesãos para definir, entre outras coisas, os termos de compromisso e o código de ética da Feira. 

São 180 artesãos cadastrados e, destes, 40 participam ativamente. “Muitos artesãos foram para outras cidades, ou pararam porque estão empregados e não têm mais tempo. Tem os que estão vendendo somente pela internet. Há uma variedade de situações. Estamos consultando os 180 para saber o que aconteceu com cada um”, explica o fotógrafo e produtor cultural, Márcio Machado, que integra o coletivo. 

Quinze artesãos fazem parte do conselho deste coletivo. “Faremos formação dos artesãos para postagem nas redes sociais, de como fazer fotos e vídeos, para começar a transformar em um empreendedor, e ainda a formação para trabalhar em um coletivo, porque o artesão trabalha sozinho para a produção, mas é imprescindível que saiba lidar com as pessoas que são os outros empreendedores que estão no mesmo ramo dele”, conta Márcio.

Machado explica que há três tipos de artesãos que participam da feira. Há os que vivem de artesanato profissionalmente, que tiram de 80% a 100% da renda das vendas na feira; os que complementam a renda; e os que fazem por terapia e pelo encontro social.

Além disso, há, também, entidades, como é o caso dos grupos Casa de Maria e Cidade do Amanhã, o Orfanato Nossa Senhora das Graças e participantes do Seicho-no-ie. Neste ano, as artesãs da Associação Tramatusa, que trabalham com fita tusa, estão participando da feira.

O artesanato é um registro cultural importante e a feira está se transformando em uma referência para os turistas, com produtos daqui, com a história da região. “Na internet é possível encontrar laço de qualquer lugar do mundo e aprender a fazer vendo vídeos no youtube. Entretanto, o artesanato de referência cultural, como se trabalha o couro na região, a estrutura de madeira, as tranças e as cordas, isso é único”, comenta. 

A Feirinha oferece, além de artesanato, música e teatro. Os organizadores comemoram o crescimento da feira que começou com 10 expositores. As mais variadas técnicas de artesanato estão presentes, como os trabalhos em madeira, vime, patchwork, serigrafia, crochê, tricot, pintura, molduras, peças de decoração, brinquedos de madeira, vinis, vime, antiguidades e entre outros. 

Feirinha também está no Shopping

Fomentar a cultura é um dos objetivos da Feira de Artes e Artesanato, tanto na Praça Joca Neves, como também no Lages Garden Shopping, onde está presente uma vez por mês. Claudia Vera Pletsch, responsável pelo marketing do shopping, explica que a feira acontece uma vez por mês e o objetivo é valorizar o trabalho de artesãos locais. “Quando nosso convidado vem para o shopping e ele encontra produtos artesanais, além de todas as outras opções, isso gera uma experiência para ele. A feira traz outras atividades, discotecagem, contação de história ou teatro”, reflete. 

Atrações culturais fazem parte da programação da Feira no Shopping – Foto: Márcio Machado/Divulgação

Casal trabalha com produção artística e na venda das peças na feirinha

Catiane Mezzalira Santos e Fernando Bressan trabalham com a valorização da imagem, por meio de molduras de madeira. O casal integra a feirinha para agregar valor aos produtos. A fonte de renda deles é o artesanato. Fotos e pintura são emolduradas para evidenciar a beleza a imagem. 

“A feirinha é um espaço aberto, para os artesãos e a cultura da cidade, para nós é bem importante, porque fazemos um trabalho artesanal e não temos uma loja física”, explica Catiane. Para ela, mais que divulgar o próprio trabalho, o coletivo é fundamental.  

Sobre a feirinha, acredita que é uma possibilidade de divulgação dos artesãos. Aproveita para fazer vendas e contatos, entretanto, valoriza a interação social que o evento proporciona. “É a possibilidade de as pessoas poderem ter acesso à cultura mais underground”, acredita.

Para as molduras, o casal utiliza madeira de reflorestamento. “Por ser artesanal, tem um padrão de qualidade maior, é um processo minucioso, não pode ser feito às pressas, não tem o porquê trabalharmos numa moldura se não for com carinho e com amor, faz parte da minha paixão pela marcenaria. As pessoas sentem que nosso trabalho é feito com amor e esmero”, afirma Fernando. 

Catiane e Fernando fazem molduras em madeira – Foto: Suzane Faita/Arquivo CL

Agenda

Praça Joca Neves

  • 8 de março
  • 12 de abril
  • 10 de maio
  • 14 de junho
  • 12 de julho
  • 09 de agosto
  • 13 de setembro
  • 11 de outubro
  • 08 de novembro
  • 06 e 12 de dezembro 

Garden Shopping

  • 21 e 22 de março
  • 18 e 19 de abril
  • 16 e 17 de maio
  • 20 e 21 de junho
  • 18 e 19 de julho
  • 15 e 16 de agosto
  • 19 e 20 de setembro
  • 17 e 18 de outubro
  • 21 e 22 de novembro
  • 19 e 20 de dezembro
1 Comentário

1 Comentário

  1. Dirce Maria Naves

    20/02/2020 at 19:32

    Li tudo com bastante interesse, pois também sou artesã.
    Participo de feiras mas no Rio de Janeiro apesar de ter a Feira de Ipanema e Feira da Praça Saens Pena. Conhecidas como Feirarte. Não é todo artesão que pode se cadastrar. Para estas feiras. As barracas são negociadas. Desde 2009 não tem inscrição mas gente nova tem e até pessoas de outros países
    Percebi muito interesse neste depoimento na situação dos artesãos. Fico feliz e espero que outros possam ler este conteúdo seguindo o exemplo.
    Dirce Maria Naves
    navesdirce@gmail.com

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