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Chega de Assédio: Estudantes protestam contra violência ao redor do CAV

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A manifestação ocorreu na Avenida Luiz de Camões, em frente ao CAV - Foto: Adecir Morais

“Eu, mulher, não vou me calar, quero andar na rua sem me preocupar”. Este verso fez parte da manifestação de estudantes em frente ao Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), na Avenida Luís de Camões, em Lages, contra casos de violência que vêm ocorrendo no entorno da instituição. O ato reuniu mais de 100 mulheres.

O protesto, que ocorreu na tarde de quarta-feira (7), faz parte da campanha “Chega de Assédio”, que tem por objetivo combater os casos de assédio contra as mulheres que vêm acontecendo com frequência nos arredores do CAV.

A manifestação teve como principal objetivo alertar e conscientizar a população para o problema. Com faixas, cartazes e apitos, as mulheres, algumas com o rosto pintado, se concentraram em frente à universidade. O ato foi convocado pelas redes sociais.

Conforme a estudante Giovana Reali Stuani, o caso mais recente de assédio ocorreu às 7h40 da última segunda-feira, quando um homem se aproximou de uma jovem, abaixou a calça e mostrou-lhe as genitálias.

“Sempre sofremos assédio no caminho para a universidade, mas agora os casos têm acontecido diariamente”, contou Giovana, que aproveita para pedir que a Polícia Militar intensifique as rondas na região.

Ela recorda outros casos que ajudam a engrossar a estatística da falta de segurança ao redor do CAV. Em um deles, na semana passada, por volta das 13 horas, um homem se aproximou de uma estudante e a puxou pelo braço, mas, por sorte, ela conseguiu se soltar e fugiu.

A situação está tão grave que as estudantes chegaram a criar um “Coletivo Feminino”, um grupo que vai discutir formas de combate à violência contra a mulher. A ideia é levar o problema para dentro da universidade para debatê-lo por meio de palestras, dentre outras ações. “O assédio contra a mulher é um problema cultural e temos que encontrar formas de combater esse problema”, comentou Giovana.