Coronavírus

CDL e Acil buscam alternativas para reduzir impacto da crise

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O comércio de Lages está fechado há duas semanas / Foto: Adecir Morais

Entidades empresariais de Lages estão buscando soluções para os problemas econômicos gerados pela crise do coronavírus. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Lages (CDL), Marcos Tortelli, disse que participou, ontem, de uma reunião com integrantes da prefeitura do município. O encontro teve por objetivo tentar encontrar uma saída para atenuar os efeitos da crise no Comércio local, que está fechado há duas semanas.

Tortelli reafirmou o compromisso dos empresários com a saúde das pessoas, mas disse que a situação no Comércio “não está nada fácil para ninguém”. Segundo ele, o setor já está sofrendo duramente os efeitos da crise e precisa encontrar uma saída para a retomada das atividades, evitando que a crise se agrave ainda mais. 

Para ele, as soluções para os problemas precisam ser urgentes para assegurar a manutenção dos negócios e dos empregos. E declarou que se a atual situação persistir, o comerciante vai ter dificuldades para honrar seus compromissos. “Muita gente não vai poder pagar as dívidas e vai ter desemprego”, afirmou.

Para ele, as soluções precisam ser construídas de maneira conjunta, obedecendo as normas de proteção ao coronavírus. “Tivemos uma reunião com a prefeitura e pedimos que as pequenas empresas possam abrir as portas, com controle de entrada, para atender a população. Também vamos conversar com a polícia sobre essa questão. Precisamos encontrar uma solução. O pequeno empresário, principalmente, está desesperado”, disse.

Praticamente na mesma linha, o presidente da Associação Industrial de Lages (Acil), Carlos Eduardo de Liz (Caco) afirmou que a situação está afetando duramente o setor empresarial. “Os pequenos empresários, principalmente, estão sofrendo muito com a crise”, destacou.

Dentre as medidas para atenuar a crise, Caco defende a postergação dos tributos, o adiamento das eleições de 2020 e a divisão do fundo partidário entre os estados e municípios para ajudar a conter os efeitos da pandemia. Para este o ano, o fundo partidário é de cerca de R$ 2 bilhões.

 

Entidades cobram ações do governo

A postergação dos tributos e o adiamento das eleições de 2020, citadas pelo presidente da Acil de Lages, são medidas propostas pela classe empresarial catarinense. Elas fazem parte de uma série de reivindicações de entidades empresariais de Santa Catarina, e foram encaminhadas ao governador do Estado, Carlos Moisés, no início desta semana, após reunião do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem). As medidas têm por objetivo atenuar os efeitos da pandemia no setor empresarial e para proteger a economia catarinense.

Entre os pedidos, os empresários pediram a postergação do pagamento de ICMS; oferta de crédito para empresas; redução de custos e revisão de prioridades no uso do recurso público; adiamento das eleições de 2020, com redirecionamento do fundo partidário para o enfrentamento da crise, e a concessão de férias e redução de jornada de trabalho do funcionalismo público.

 

Medidas de apoio ainda não se materializaram

“Durante a reunião, reafirmamos que nossa prioridade é saúde dos catarinenses, mas também nos preocupamos com a manutenção dos empregos devido à paralisação da atividade econômica. Queremos mitigar os efeitos sobre a economia, que é fundamental para a estabilidade social do Estado”, afirmou o presidente da Federação da Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar.

Segundo o Cofem, passadas duas semanas de quarentena em Santa Catarina, as empresas estão diante da necessidade de honrar compromissos como a folha de pagamento e diversos outros, e por enquanto, grande parte das medidas de apoio anunciadas não se materializaram na prática ou se mostram insuficientes.

“Vamos apoiá-los nas questões legais, mas precisamos da resposta daquilo que a sociedade espera do governo”, afirmou o presidente da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc), Jonny Zulauf.

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