Geral
Casan suspende captação de água em afluente do Rio Palmeira
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) suspendeu a captação de água de um afluente do Rio Palmeira, no município de Palmeira, na Serra Catarinense. A suspensão aconteceu na quinta-feira (16), depois que peixes foram encontrados mortos no local, e foi feita devido à suspeita de contaminação da água.
A captação de água neste local permanecerá suspensa até que se afaste a possibilidade de contaminação e consequente risco à saúde da população.
Os órgãos públicos tomaram conhecimento da situação depois que uma moradora publicou fotos dos peixes mortos em uma rede social. De acordo com a Prefeitura de Palmeira, após ter ciência da denúncia, a Defesa Civil Municipal e a Casan estiveram no local.
A Prefeitura acionou órgãos de fiscalização como a Polícia Ambiental, que já está tomando as providências cabíveis.
De acordo com o secretário de Administração de Palmeira, Alisson Magalhães, moradores relataram que, recentemente, uma plantação de soja que fica nas proximidades do rio onde os peixes apareceram mortos, teria recebido a aplicação de agrotóxico.
“Independentemente da ação dos órgãos, a prefeitura solicitou coleta e análise de amostras da água do rio para identificar a possível presença de agrotóxicos, ou verificar as condições reais da água, para afastar o risco de danos à saúde da população”, explica, destacando que, caso seja comprovada a contaminação por agrotóxico, os autores serão identificados e responsabilizados.
A reportagem do Correio Lageano tentou contatar os representantes da Casan diretamente em Palmeira e também por meio da assessoria de imprensa da estatal, porém, não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Em matéria publicada no site do órgão, a Casan informou que está investigando a causa do problema. Na manhã de sexta-feira (17), técnicos da Casan coletaram amostras para medir os níveis de oxigênio do rio e dos afluentes.
“Até o completo esclarecimento, e por medida de segurança, a população será abastecida somente com a água captada no poço profundo, que equivale a cerca de 50% do volume habitual distribuído na cidade. A Companhia também está providenciando formas alternativas de abastecimento, como o deslocamento de caminhões-pipa”, informa a Casan.
Orientação
Na matéria publicada em seu site, a Casan pede a colaboração da população, orientando que a utilização de água seja limitada “ao uso estritamente essencial, não lavando casas, pátios, calçadas e carros, fechando a torneira ao lavar a louça e reduzindo ao mínimo possível o tempo de banho.
A empresa também sugere que os moradores evitem o acionamento de máquinas de lavar ou só usem o equipamento em modo reduzido e se estiver completamente cheio de roupas”, detalha a nota.