Esportes
Brito, um quarto de século nas quadras de basquete
Fabiano Martins de Brito treinou vôlei, atletismo e futebol até se encaixar no basquete. Aos 11 anos, participou da sua primeira competição estadual e não saiu mais das quadras até completar 36 anos de idade.
Seu primeiro clube fora de Lages foi o Sírio-Libanês, equipe tradicional no estado paulista e único time brasileiro que carrega o título de campeão Mundial de Clubes, com triunfo em 1979, tendo em quadra o Mão Santa, Oscar Schmidt e Marcel, entre outros conhecidos. Jogou lá em 1994, quando tinha apenas 15 anos.
Filho do ex-árbitro de futebol, Aparecido Elias de Brito, que o incentivou a praticar o esporte, Fabiano jogou pela Seleção Catarinense de Basquete e depois fez parte da comissão técnica, já que é formado em educação física.
“Surgiram outras oportunidades e desafios”, assegura. Atualmente, aos 41 anos, é sócio da empresa de captação de clientes, onde é bacharel em direito. Também atende como personal trainer.
Visionário, Brito não descuidou do futuro e estudou. “Como me dedicava integralmente ao basquete e recebia remuneração, pude me manter no esporte, mas sabia que a vida de atleta era curta e me preparei. Tenho amigos que jogavam bem, até foram destaque em algum momento na nossa época e hoje vivem com certa dificuldade”, argumenta. Brito se considerava um bom marcador, motivado pela vontade de ver a equipe vencendo.
O lageano esteve em competições municipais, regionais, estaduais, no Sul Brasileiro e Brasileiro. E, nos anos 90, fez uma passagem pela Seleção Brasileira, quando era juvenil. Foi cortado em seguida por opção do treinador. “Eram 15 atletas e 12 vagas e tinha jogadores melhores que eu”, relembra. É pai do casal Henrique, de 11 anos e Helena, de 9.
No primeiro ano que foi competir sobrou a camisa 5, número que o acompanhou nas quadras durante sua vida esportiva. “Eu acredito que fui um bom marcador pela vontade de ver a equipe vencer. Pontuava bastante. E que já contribuí muito dentro e fora de quadra”, explica.
Opção pelo basquete
A passagem por tantas modalidades o deixou indeciso, por algum tempo. Mas quando chegou o momento, pesou para Brito o fato de ser muito alto (1,96cm) e no futebol (faria teste no Criciúma para zagueiro) pensou: “Não quero ser alguém que passa a bola para quem vai fazer gol. Eu quero fazer.” Assim optou pelo basquete, onde jogava na posição de pivô e ala.
De 1990 a 1993 vestiu a camisa do Colégio Diocesano, em Lages, quando começou a levar o esporte a sério. Tinha quase 12 anos e, por causa do basquete, ganhou bolsa de estudos no Diocesano. Passou pelo Palmeiras, Ribeirão Preto, Blumenau (Ipiranga e Adeblu) .
Sobre o comando da seleção catarinense, diz ter sido uma experiência maravilhosa. “Fiz parte da seleção catarinense como atleta e depois como integrante da comissão técnica. Em 2017 os treinos e os jogos foram em Brusque e em 2018 treinamos em Jaraguá do Sul e jogamos em Ponta Grossa no Paraná”, explica
Próximo atleta a contar sua história é a ex-jogadora de handebol Michelle Morais.