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Aluna denuncia instrutor de autoescola por assédio sexual

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Foto: Divulgação

Uma mulher de 21 anos denunciou um instrutor da Auto Escola Souza, em Lages, por um suposto assédio sexual. Durante uma aula para tirar a carteira de motorista, o homem teria passado a mão no rosto da vítima e perguntado se ela queria namorar ele. A mulher registrou um boletim (BO) de ocorrência na Polícia Civil. O proprietário da auto escola lamenta ter o nome de sua empresa envolvido no caso e disse que estaria afastando o funcionário. 

A vítima é solteira e mora com a família no Bairro Guarujá. A mãe dela, Nazaré Ataíde, conta que o instrutor, identificado no BO como Moacir, teria assediado a jovem durante uma aula, na noite do último dia 31. O suposto crime ocorreu em lugar ermo, numa localidade conhecida como “Morro das Tetas, na região do Bairro Vila Mariza.

O boletim de ocorrência descreve o que teria ocorrido no dia dos fatos. De acordo com o documento, durante aula extra de volante, o instrutor mandou a vítima parar o carro, passou a mão no rosto dela e disse: “vamos namorar”.

Diante da situação, a mulher ficou nervosa e começou a acelerar o carro, possivelmente na tentativa de fugir do local, mas Moacir teria tentado frear, atitude que acabou “cantando os pneus” do automóvel. Após ela pedir para Moacir tirar o pé do freio, ambos deixaram o local. No caminho, o instrutor questionou se a vítima teria ficado brava com ele e chegou a pedir desculpas. Após descer do veículo em frente à casa dela, a vítima saiu correndo para a residência.

“Minha filha ficou assustada, ela foi sozinha registrar o fato e teve vergonha de relatar passo a passo o que aconteceu”, declarou Nazaré, dando a entender que outras coisas aconteceram durante a suposta agressão, mas que não foram relatadas no BO. “Queremos saber se outras alunas passaram por isso também. Muitas têm vergonha de denunciar”, concluiu.

O caso ficou registrado na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) como “assédio sexual consumado”, tipificado no Código Penal Brasileiro pelo Artigo 216. Este tipo de crime se caracteriza por constrangimento à vítima com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”. Prevê detenção de um a dois anos.

Providências

Conforme a delegada da Dpcami , Luciana Rodermel, um procedimento de investigação será aberto para apurar a veracidade dos fatos. Com isso, os envolvidos serão chamados para prestar esclarecimento. Ela alertou que é prematuro fazer qualquer juízo de valor sobre o caso, e que só a apuração dos fatos é que vai indicar o que aconteceu.

O proprietário da Auto Escola Souza, identificado como Alexandre (ele não quis dar o nome completo) afirmou que já está tomando as providências cabíveis. Dizendo estar muito chateado por ter o nome da sua empresa envolvido no caso, disse que não pode ser responsabilizado pelo o que acontece entre o aluno e um instrutor dentro do carro. Declarou que já conversou com a vítima e deverá afastar o funcionário sob suspeita.

A reportagem não conseguiu contato com o suposto agressor. Foi deixado recado para Alexandre sobre a questão, mas Moacir não retornou a ligação até o fechamento desta edição.

1 Comentário

1 Comentário

  1. Leticia

    06/08/2019 at 23:19

    Fiz auto escola na Souza e posso dizer que o Alexandre é muito correto e muito rigoroso com os instrutores. Inclusive oriemta as alunas que relatem a ele qualquer situaçao.

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