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Agora é a vez da batata

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Entre as variedades, a batata-inglesa é a que está sendo comercializada com maior preço - Foto: Andressa Ramos

Não foi só o preço do feijão que subiu nas últimas semanas e assustou os consumidores. Desta vez, a queridinha e versátil da mesa do brasileiro, a batata, também surpreendeu quem foi ao supermercado ou à feira. A batata inglesa, que tinha preço médio de R$ 2,99 o quilo, em Lages,  já está sendo comercializada a R$ 5,39. Em outros estados o valor subiu para a faixa de R$ 9.

Para o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz, um aumento dos preços de legumes e hortaliças sempre é esperado no primeiro trimestre do ano, devido às adversidades climáticas do verão.

Mas, em geral, a produção agrícola se regulariza no segundo trimestre, quando os preços caem. Em fevereiro, por exemplo, a inflação avançou mais do que o esperado e ficou em 0,43%, impulsionada pela alta de educação e dos alimentos .

O economista, Flávio Valente, enfatiza que o preço dos insumos, como o adubo, além do combustível, são fatores que contribuíram para tornar o produto mais caro até chegar à mesa do consumidor. Valente acredita, também, que a diferença no preço se deve à baixa oferta da batata, pois há poucos produtores na região. Segundo a Epagri, existe apenas um produtor do tubérculo no município de Lages.

O vice-presidente regional dos Supermercadistas, na Serra Catarinense, Jackson Roberto Martendal, comenta que aqui na região não percebem-se preços tão altos da batata quanto em outros estados. A elevação é sazonal, relativa ao período do ano.

As Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina S/A, (Ceasa), em Florianópolis, comercializa a batata a R$ 1,10. Um dos menores preços do Brasil, porém depois disso, como cita o economista, há outros valores embutidos no produto, como combustível e lucro.

Chuvas atrapalham colheita, qualidade e produtividade

As águas de março prejudicaram a colheita. Na semana passada, muitos produtores não arrancaram batata em Água Doce (SC). Também na quinta-feira, a colheita na região de Cristalina (GO), que ainda está no início, foi impossibilitada pelas precipitações. O tempo úmido faz com que haja pouca batata de boa qualidade, mas, mesmo assim, a procura é elevada – devido à baixa disponibilidade nacional.

Preço do feijão

O preço do feijão ainda continua salgado para o brasileiro. Os números apontam um aumento de 81% do preço do feijão carioca desde o início do ano. Só em fevereiro o aumento foi de mais de 50%.

De acordo com Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses), os preços devem continuar em alta até meados de abril, quando começarão a cair. “É quando muda a safra e começa a ser vendida a nova, com preços menores.”

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