16 milhões de pessoas vivem com diabetes

No Brasil, estima-se que existam 16 milhões de pessoas, entre adultos e idosos, com diabetes, o que coloca o País na quarta posição mundial de incidência da doença. O subtipo 2 é o mais comum, correspondendo a quase 90% de todos os tipos de diabetes. Além disso, cerca de 5 milhões de pessoas têm diabetes, mas não foram diagnosticadas ainda. 

É uma doença caracterizada, geralmente, por resistência insulínica, quando o corpo não responde adequadamente à produção de insulina. Esse funcionamento inadequado leva a níveis cada vez maiores de glicemia, elevando ainda mais a insulina e, em algumas pessoas, pode levar à falência pancreática. Quando isso ocorre, a produção de insulina reduz, fazendo elevar mais ainda os níveis de glicemia. 

“O diagnóstico é realizado em pacientes mais velhos, porém, com os índices cada vez mais altos de obesidade e sedentarismo em crianças, adolescentes e adultos jovens, o número de diagnósticos nessa faixa etária está aumentando”, alerta a endocrinologista e metabologista Maiara Ferreira Peixer, em Lages.

Os fatores de riscos, associados a diabetes do tipo 2, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes, geralmente, são: histórico familiar, sobrepeso, dietas não saudáveis, sedentarismo, idade avançada, pressão alta, etnicidade, intolerância à glicose (pré-diabetes) e histórico de diabetes gestacional.

E os sintomas mais comuns são sede excessiva e boca seca, aumento da frequência urinária, falta de energia e extremo cansaço, infecção fúngica de pele recorrente, dificuldade para cicatrizar machucados e visão turva

Além dos sintomas, Maiara destaca as principais complicações são a retinopatia diabética, uma complicação que ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina.

Isso causa aquelas moscas volantes, borrões, áreas escuras na visão e dificuldade de distinguir cores. Podendo evoluir até para cegueira. “Além disso, é a principal causa de amputação no mundo, e aumenta substancialmente o risco de doenças cardiovasculares cerebrovasculares como infarto e AVC”, complementa a endocrinologista. Em alguns casos, causa disfunção erétil.

Prevenção

Existem vários fatores que influenciam o desenvolvimento do diabetes, dentre eles, o que mais afeta é o estilo de vida, comumente associado com a urbanização. Pesquisas indicam que a maioria dos casos de diabetes, próximo a 80%, de acordo com alguns estudos, poderiam ser evitados através de uma dieta saudável e atividade física regular. Por isso, fique atento às recomendações para prevenção de diabetes tipo 2.

Previna o diabetes tipo 2

• Prefira água, café ou chá ao invés de sucos de frutas, refrigerantes ou outra bebida açucarada
• Coma pelo menos 3 porções de vegetais todos os dias 
• Coma, em média, 3 porções de frutas por dia 
• Escolha nozes, uma fruta ou iogurte natural de lanche da tarde 
• Limite a quantidade de bebida alcoólica 
• Escolha carnes magras ou peixe, ao invés de carne vermelha ou processada
• Escolha grãos integrais (arroz, pão, massa) ao invés de arroz, pão ou massa branca
• Pratique atividade física regular: Crianças e adolescentes (5 a 17 anos) devem fazer pelo menos 60 minutos de atividade física de moderada a alta intensidade por dia; adultos entre 18 a 64 anos devem fazer pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de moderada intensidade por semana ou pelo menos 75 minutos de atividade física de alta intensidade por semana; para idosos, o mesmo tempo de atividade física é recomendado, mais deve ser incluído também exercícios de resistência (musculação)

Dra. Maiara Ferreira Peixer, endocrinologista e metabologista (CRM 17.800 RQE 15.366)