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Udesc faz estudo sobre prevenção de enchentes em Lages

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Rio Caveiras, na divisa de Lages e Capão Alto - Foto: Adecir Morais

O que o município de Lages precisa fazer para prevenir alagamentos na cidade? Esta é uma das questões que serão respondidas por um estudo de viabilidade técnica e econômica sobre prevenção de inundações na bacia hidrográfica no Rio Caveiras. Os trabalhos serão executados pelo Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV/Udesc).

A autorização de serviço para pesquisas já foi entregue pela prefeitura ao CAV. Os trechos hídricos que serão analisados compreendem os rios Carahá e Caveiras. Os trabalhos serão custeados com recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional na ordem de R$ 898 mil. Esse dinheiro foi viabilizado a partir de um projeto protocolado pela Defesa Civil de Lages.

As ações do estudo de viabilidade técnica terão oito etapas. Os trabalhos serão desenvolvidos no Centro Compartilhado de Geoprocessamento, um local onde as equipes técnicas da Udesc e da prefeitura irão trabalhar no projeto. As ações envolverão profissionais de várias áreas.

O prazo de conclusão dos trabalhos é de 180 dias, podendo ser prorrogado. Conforme o secretário executivo da Defesa Civil, Jean Felipe Silva de Souza, o contrato de serviço prevê que a equipe técnica mínima para estes estudos deverá ser composta por: engenheiro agrônomo, engenheiro ambiental ou engenheiro ambiental e sanitarista, geólogo, engenheiro florestal, técnico de campo ou auxiliar técnico.

Ações de combate às cheias

A primeira interferência no curso do Rio Carahá, com o objetivo de minimizar as inundações em Lages, ocorreu na década de 1980. Em 1983, o então prefeito Paulo Duarte e o ex-diretor de planejamento da prefeitura, Marcos Nerbass, foram até Brasília entregar o projeto para canalizar os rios de Lages. A obra iniciou no mesmo ano e custou em torno de 1,6 bilhão de cruzeiros (moeda corrente na época).

Além da canalização do Rio Carahá, desde a sua nascente até o Rio Caveiras, foi realizada toda a retificação do Rio Ponte Grande. Além disso, foi executada toda a canalização do Rio Passo Fundo e duas retificações em duas curvas do Rio Caveiras, que na época se acreditava que acabariam com as enchentes.

Na gestão de Fernando Coruja, entre 1993 a 1996, foi retirada uma curva do Rio Caveiras e criada uma área de descarga, nas proximidades da Chácara do Battistella. Essas ações reduziram em muito os alagamentos, principalmente na região do Fórum, onde as casas ficavam submersas a cada chuva forte.

Abertura de canal

Outra interferência ocorreu na gestão de Renato Nunes de Oliveira. No dia 22 de outubro de 2010, foi aberto um novo canal na foz do Carahá, que desemboca no Rio Caveiras. O canal tem 650 metros de extensão, 25 metros de largura com cerca de 4,5 metros de profundidade. A obra deu maior vazão à água da chuva, minimizando os riscos de alagamentos.

A construção do “tunnel liner”, no Bairro São Cristóvão, é outra obra realizada em Lages com o intuito de amenizar as cheias. Com 700 metros de extensão, o “tunnel” nada mais é que um canal subterrâneo usado para facilitar o escoamento das águas das chuvas e de um riacho já canalizado que havia no local. A estrutura foi construída entre 2010 e 2012. A obra teve um custo de R$ 1,7 milhão.

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