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Trânsito permanecerá bloqueado na região onde viaduto desabou em Brasília

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Foto: Agência Brasil/Divulgação

O trânsito na região [Eixão] onde parte de um viaduto cedeu na manhã desta terça-feira (6), no centro de Brasília, deve ficar totalmente interditado pelos próximos dias. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o trecho onde houve o desabamento não vai ser liberado ao tráfego de veículos. Não está descartado o risco de novas quedas, alerta ainda o DER.

O Eixão Sul continua bloqueado, e deve ter alguns trechos liberados ainda nesta terça. O Eixão Norte já foi liberado para o tráfego.

O Corpo de Bombeiros informou que está “praticamente descartada” a possibilidade de haver vítimas no local. Cães farejadores já fizeram a varredura no local, mas ainda falta a retirada dos escombros, que deve começar nas próximas horas.

Quatro carros foram atingidos pelo desabamento do viaduto. O trecho que se deslocou tinha 25 metros de comprimento por 6 metros de largura.

Recuperação deve levar seis meses

O trecho do viaduto deve ser recuperado em cerca de seis meses, segundo previsão da presidente do Conselho Regional de Engenharia (CREA), Fátima Có. “Mas é provável que o processo licitatório não deva demorar, por se tratar de uma emergência”, destacou.

Até 17 horas, não foram registradas vítimas do desabamento. O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), Henrique Ludovice, disse que os órgãos do governo vão trabalhar de forma articulada, primeiramente no escoramento desse viaduto e na análise da estrutura. “Para que possamos oferecer à população a solução mais adequada e mais correta sob o ponto de vista a intervenção necessária nesse viaduto. Enquanto isso, faremos o desvio do tráfego nas redondezas para que o acesso ao centro do Plano piloto possa ocorrer, embora com as dificuldades sem a presença do Eixo Rodoviário”, disse.

Manutenção

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, reconheceu que o viaduto não recebeu manutenção. “São viadutos antigos. Desde o início do nosso governo, fizemos manutenção em oito viadutos. Seis deles receberam reforço estrutural. Infelizmente, esse não recebeu e agora temos que ver que providências iremos tomar a partir de agora.”

Para a presidente do Crea, diversos fatores colaboraram para o desabamento da estrutura. “A questão de opinião técnica, eu gostaria de aguardar uma perícia. São diversos fatores que levam ao caos, ao colapso. Aqui, com certeza, foram diversos fatores, mas não a chuva, afinal não estava chovendo. Então, foi porque realmente a estrutura já estava, digamos assim, no ponto mais frágil dela”, destacou Fátima Có.

Perguntada sobre a possibilidade de o outro lado do elevado ceder, ela disse que estaria sendo irresponsável ao tentar antecipar qualquer avaliação.

Em 2013, uma auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal detectou fragilidades em diversos monumentos de Brasília, entre elas o viaduto. Na oportunidade, a equipe de vistoria recomendou que a obra fosse reformada.

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