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Temperatura despenca na Serra Catarinense
O mês de julho começou com chuva e condições meteorológicas favoráveis para o frio extremo no Sul do Brasil, inclusive em Santa Catarina. De acordo com a Defesa Civil do Estado, o cenário meteorológico indica que este evento de frio será similar a dois eventos extremos ocorridos nos anos de 1981 e 1975, onde foram observados de 4 a 8 dias seguidos com termômetros abaixo dos 10°C em Santa Catarina.
Conforme o meteorologista da Central do Tempo, Piter Scheuer, a temperatura deve despencar partir da noite desta quarta-feira (03), com o avanço de uma massa de ar polar sobre toda as regiões do Estado.
No amanhecer de quinta-feira (4), frio intenso se espalha sobre a maior parte do Estado, com a possibilidade de geada nas regiões Oeste, Serra Catarinense e Planalto Norte, provocando uma queda de temperatura mínima, chegando em torno de 10°C em relação ao dia anterior. Nas cidades da Serra, são esperadas temperaturas negativas, com formação de geada.
Na sexta-feira (5), novamente há condições para geada durante a manhã. Entre a tarde e a noite de sexta e a madrugada e manhã de sábado (6) o frio se intensifica e é mais abrangente, com temperaturas negativas e possibilidade de neve, principalmente nas áreas mais elevadas da Serra.
Domingo (7), segue com condições de geada para a região Oeste e Serra Catarinense. A partir da segunda (9), o frio começa a perder força, mas a sensação ainda é de frio durante o amanhecer. O evento desta semana possui um componente de massa de ar polar bastante pronunciado, sendo importante o acompanhamento desta configuração nos dias seguintes, para melhor definição da intensidade deste sistema.
Como será a chuva em julho?
A previsão indica chuva próxima da média climatológica em Santa Catarina (110 mm), para os próximos meses. No entanto, a chuva deve ocorrer de forma mal distribuída no tempo e no espaço, ou seja, períodos de chuva intercalados por períodos mais secos, e chuva mais significativa em algumas regiões e menos em outras.
De acordo com a meteorologista da Epagri/Ciram, Gilsânia Cruz, normalmente, julho e agosto são os meses do ano com menos chuva, com dias mais secos e ensolarados. O risco de temporal com granizo e ventania diminui, mas pode ocorrer associado à influência de frentes frias, de sistemas de baixa pressão e de Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) mais comuns a partir de setembro.
Em julho, os valores de chuva variam de 70 a 110 mm no Litoral e Vale do Itajaí e de 110 a 170 mm do Oeste até a Serra Catarinense. Em agosto, a média de chuva sobe um pouco em relação a julho, variando de 110 a 190 mm no Oeste, Meio Oeste e Serra e de 110 a 150 mm Vale do Itajaí e Litoral. Em setembro o volume de chuva aumenta em relação a julho e agosto, variando de 150 a 210 mm no Oeste e Meio Oeste e de 110 a 170 mm nas demais regiões.