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Tecnicamente, obra tem de ser executada
O registro é de um morador indignado. Ele fez a foto para questionar o andamento da obra, afinal, as lajotas, que foram retiradas há alguns meses, não deveriam ser recolocadas no lugar, antes de uma obra de elevação para a que a rua não alagasse fosse concluída.
Sem saber os motivos pelos quais a construção, que foi paga pelos moradores no valor de R$ 135 mil, não foi executada, o morador quer respostas.
A rua em questão é a Honorina da Costa Ribeiro, no Centro de Lages. Em fevereiro deste ano, o Correio Lageano noticiou o impasse. Moradores que estão há mais de 30 anos no endereço comentam que reclamam à prefeitura desde 2012 por uma solução. Sempre que chove constantemente ou com grande volume, alguns dos moradores são prejudicados, a água invade as casas e há quem fique por horas sem conseguir entrar nas residências por conta do nível elevado de água. A via fica próximo do Rio Carahá, na Avenida Belisário Ramos.
Na tentativa de sanar o problema, os vizinhos se reuniram e entraram com mais um pedido na prefeitura no ano passado e desta vez uma solução foi apresentada. Por meio do Programa PaviLages a rua ganharia uma nova estrutura, com tubulação diferente e mais alta para que água flua diretamente ao rio.
Os moradores se uniram, conseguiram a adesão de 80% e bancaram o projeto. No dia primeiro de abril, as lajotas foram colocadas no lugar e obra não teve andamento.
O diretor da Secretaria de Planejamento, Roberto Provenzano, explicou que segundo informação da área de engenharia da pasta, como aquela rua precisa ter sua circulação restabelecida, até que haja um entendimento técnico e que possibilite a resolução dos problemas da rua, a reposição do pavimento está sendo executado.
O engenheiro responsável pela empresa contratada pelos moradores, Gilson Zago, explica que tecnicamente para evitar alagamentos, a obra tem de ser feita, afinal, com elevação da rua, a água irá escoar diretamente ao Rio Carahá. Atualmente a rua é uma bacia, com o aterro, a chance de alagamento reduz drasticamente. Além da rua, uma nova tubulação até o rio também deve ser construída, mas para isso acontecer a outra parte precisa concordar.
Gilson fez um estudo da bacia hidrológica do rio e de que forma o aterro iria impactar no leito. Com o estudo identificou que com o aterro, o nível do rio poderá subir em 0,8 centímetros. Mesmo assim, a chance de alagamento é mínima, já que o ponto mais baixo da rua será de 0,90 centímetros e dará caminho direto ao Carahá.
Uma reunião entre o secretário João Alberto Duarte, alguns moradores e engenheiros, na sexta-feira (5), definiu que, na próxima semana, quando o prefeito Antonio Ceron retornar da viagem de Brasília, um próximo encontro será marcado para definir o futuro da rua. Enquanto isso, moradores favoráveis a obra, que convivem há 30 anos com alagamentos e viram finalmente uma luz no fim do túnel precisam conviver com incerteza de que se o problema será finalmente resolvido. Assim, a obra segue paralisada, já que as lajotas estão de volta no local.