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Takashima faz palestra no Bairro Novo Milênio sobre violência
Moradores do Bairro Novo Milênio se reuniram, na tarde de sexta-feira (25), no Centro Social da Comunidade, para um bate-papo com o juiz da 2ª Vara Criminal, em Lages, Alexandre Takashima e a diretora da Secretaria de Políticas para a Mulher, Bernadete Casa Liston. Entre os temas debatidos, a violência doméstica e Lei Maria da Penha. A maioria dos participantes era mulher.
O juiz deu diversos exemplos sobre violência doméstica, que além da física, inclui psicológica e patrimonial. Ele explicou o que é cada um desses tipos de violência. Mostrou como funciona a Medida Protetiva de Urgência e como ela funciona para a proteção das vítimas. Também falou sobre comunicação não violenta, entre homens e mulheres, pais e filhos.
Bernadete, que também é assistente social, falou dos serviços oferecidos pela Secretaria e da rede de apoio, que atende as vítimas em Lages. “Nosso trabalho é de acolher, ouvir e tentar orientar (as mulheres) para que se tome uma decisão em relação a violência.”
Ela contou também sobre o grupo de homens, que tem medida protetiva, e participa de um projeto piloto, no município, que fazem encontros semanais para refletir a masculinidade. O padre Edson, membro da Cáritas Diocesana, elogiou a iniciativa e pediu para levar essa ideia aos bairros da cidade. “É um trabalho muito relevante”, destacou.
Para a moradora Ângela Maria de Souza, que é técnica em enfermagem, mas agora se dedica aos cuidados da filha, de oito meses, foi possível esclarecer muitas dúvidas, especialmente, sobre a Medida Protetiva. “Muitas mulheres acham que a Medida Protetiva não funciona; o que elas tem medo não é só das agressões, é de morrer”, afirmou.
Esses encontros acontecem mensalmente, no Centro Social, sempre com temas de interesse da comunidade. Segundo o coordenador do Centro Comunitário, Iradi Ribeiro, todas as pessoas do bairro são convidadas para participar. A respeito da palestra realizada, afirmou ser importante porque promove a reflexão sobre o que é violência. “É uma realidade (a violência), não só no nosso bairro, mas em todos os lugares”. Ao final do encontro, as gestantes, cadastradas no Centro Social, receberam um enxoval.