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Situação em hospitais da Serra Catarinense continua quase a mesma

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Em Anita Garibaldi, convênio com a prefeitura continua atrasado e raio-X deve voltar a funcionar nesta semana - Foto: Camila Paes/ Arquivo CL

Há pouco mais de um mês, o Correio Lageano publicou série de reportagens sobre a situação dos hospitais na Serra Catarinense. Foram constatados muitos problemas que dificultam o funcionamento das instituições e que já provocaram até mesmo, o fechado dos hospitais. Mais de 30 dias depois, a reportagem voltou a fazer contato com os gestores para saber a atual situação.

Correia Pinto

As principais dificuldades do Hospital Faustino Riscarolli eram o fechamento do Centro Cirúrgico, utilizado apenas para a retirada de cistos e corpos estranhos; e não funcionamento do aparelho de mamografia.

A diretora da instituição, Andreia Meis, explica que o projeto de reforma do Centro Cirúrgico foi entregue para a Vigilância Sanitária e espera, agora, que seja aprovado. A previsão é que em setembro ou outubro, a obra se inicie.

O recurso para a reforma é proveniente de uma emenda da deputada Carmem Zanotto, no valor de R$ 280 mil. Outro problema era a falta de um espaço para a instalação do aparelho de mamografia. Andreia ressalta que aguarda a liberação de uma sala pela prefeitura para a instalação e, até o final do ano, o aparelho deve começar a funcionar.  

São José do Cerrito

O hospital permanece fechado há mais de dois anos devido a dívidas e irregularidades.

Bocaina do Sul

A situação é a mesma. O hospital que, há alguns anos era referência em psiquiatria, continua fechado.

Ponte Alta

Também continua fechado. Por meio de nota, os gestores informaram que está em fase de adequação e reestruturação. Com isso, deverá começar os atendimentos muito em breve, em uma área de especialidade, com apoio do Governo do Estado.

Anita Garibaldi

O aparelho de raio-X estava quebrado quando a reportagem visitou a instituição em maio. Entretanto, a administração já havia pago o conserto, de cerca de R$ 30 mil. A diretora Inês Bernadete explica que o aparelho já está montado e deve voltar a funcionar ainda esta semana.

Outra situação que prejudicava o atendimento, era o atraso de pagamentos do convênio com a prefeitura. Em maio, quatro parcelas de R$ 15 mil estavam atrasadas. Neste mês, o município ainda deve duas parcelas ao hospital, e se não pagar até o final do mês, o valor de junho também ficará atrasado.

Otacílio Costa

Em maio, o administrador do Hospital Santa Clara não quis dar entrevista sobre a situação da instituição. Para retomar o assunto, as ligações da reportagem não foram atendidas. Entretanto, foi divulgado no último dia 18, que os partos voltaram a ser realizados no hospital, após o Poder Judiciário ter emitido ecisão favorável ao Ministério Público na ação civil pública movida em face da Entidade Dom Daniel Hostin, proibindo a realização de partos na entidade, no qual exigia a presença de médico pediatra ou neonatologista, ou enfermeiro capacitado em reanimação neonatal. A situação foi revertida após serem oferecidos cursos aos profissionais e tudo voltou ao normal, adequando-se aos procedimentos exigidos.

No hospital de Caridade Coração de Jesus, em São Joaquim, um dos principais entraves é a dívida de R$ 20 milhões. Nesta segunda-feira, os administradores estavam em reunião, para tratar sobre o assunto e até o fechamento da edição, não houve retorno.

Sem resposta

Nos hospitais de Bom Retiro e Bom Jardim da Serra, as ligações não foram atendidas. Em Campo Belo do Sul, a responsável estava em consulta médica em Lages.