Economia e Negócios

Shopping traz crescimento para bairros ao redor

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Fotos: Camila Paes

Há um pouco mais de quatro anos, o Lages Garden Shopping era inaugurado no Bairro Guarujá, às margens da BR-282. Uma das expectativas, ainda durante a construção da estrutura, era o iminente crescimento econômico da região. Alguns empreendimentos foram construídos ao redor do shopping e os bairros que o cercam também mostraram grande desenvolvimento.

Além de receber a nova mega loja da Havan, nas margens da BR-282 também há a nova estrutura do Sest-Senat, recém inaugurada. Uma nova estrutura para a distribuidora de bebidas Incobel é construída na rodovia.

Os loteamentos também chamam a atenção. Logo atrás da Havan, uma placa anuncia as vendas de lotes. As obras iniciaram recentemente, mas de acordo com o gerente comercial Orlando Dalri, 80% dos 196 lotes já foram vendidos.

Ele explica que, para escolher a localização do empreendimento, fizeram um estudo em toda a cidade de Lages. Decidiram pela proximidade ao shopping por perceber um potencial de crescimento para a região. Com as vendas dos terrenos comerciais e residências do loteamento e a chegada da Havan, puderam constatar que o estudo se mostrou real.

O vendedor sênior Diego Dalpiaz, constrói sua casa no loteamento Nova Lages, no Bairro Jardim Panorâmico, do outro lado da rodovia. Para adquirir o lote e começar o sonho da residência própria, Diego e família procuraram ajuda de uma corretora de imóveis, que assim como eles, acredita no potencial de desenvolvimento em um curto prazo. “E isso está se confirmando a cada dia, tendo em vista os grandes investimentos estão saindo e saíram por lá”, ressalta. A família deve estar no novo endereço até março de 2019.

Rua Emílio Blum foi asfaltada por ser acesso principal ao shopping

No Bairro Guarujá, um dos que mais crescem em Lages, a circulação de veículos é grande, como observa a moradora Solange, de 40 anos. Mora há 11 anos na região e revela que, nos últimos anos, percebeu que o número de pessoas aumentou e até mesmo os aluguéis ficaram mais caros.

A instalação de novas lojas também é constante, como é o caso de um empreendimento de produtos naturais na Avenida 31 de março. A vendedora Jhessica Knust explica que a ideia da propriedade sempre foi abrir uma loja no bairro, devido ao crescimento da região. “O pessoal é fiel ao comércio local”, acrescenta.

No supermercado Jeremias, também na Avenida 31 de Março, o movimento intensificou. O proprietário Charles Jeremias, explica que o mercado foi aberto há 22 anos e nos últimos quatro anos, perceberam o aumento do número de clientes. Um dos principais motivos foi o aumento de loteamentos e a passagem de carros pelo local. Devido a isso, eles analisam a possibilidade de ampliação da loja para o próximo ano.

Por causa do crescimento, Charles Jeremias pretende ampliar supermercado

Já no bairro São Sebastião, os moradores e comerciantes não perceberam tantas vantagens com a chegada do shopping. No Mercado Irmãos Netto, desde a duplicação da BR-282 em 2016, a proprietária Cristiane Detoffol revela que o movimento caiu.

“Sem uma passagem, as pessoas do outro lado (Bairro Ponte Grande) não tem como passar para cá”, acrescenta. Com a construção das passarelas, a expectativa é que melhore. Os moradores William e Matheus Ávila ressaltam que a infraestrutura do São Sebastião piorou desde a chegada do shopping. As ruas que já eram esburacadas, agravaram ainda mais e a ponte do bairro, está quase caindo. Além do pó proveniente da passagem de veículos que passam em direção ao Guarujá.

No Guarujá, a Rua Emílio Blum, depois de muitas manifestações, recebeu o tão sonhado asfalto. Ela é a principal ligação do bairro com a Avenida das Torres, que leva ao shopping. A Avenida das Torres é parcialmente asfaltada, até a rótula com a Rua Emílio Blum. Com a chegada dos novos loteamentos, o fluxo de veículos nessas vias pode se tornar ainda maior.

Mesmo com alguns problemas, as expectativas para a região ainda é grande. Muitos empresários mostram interesse em continuar abrindo empreendimentos nos bairros adjacentes, entretanto, a preocupação da população é com a infraestrutura, que não está preparada para tanto crescimento.

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