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Servidores do HTR pararam por duas horas

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Segundo Garcia, objetivo das paralisações é forçar o governo para que atenda às reivindicações da categoria - Foto: Núbia Garcia

Composta por 10 itens, a pauta de negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde Pública Estadual e Privado de Florianópolis e Região (SindSaúde) e o Governo do Estado de Santa Catarina vem se arrastando, sem previsão de acordo, desde dezembro de 2017.

Dentre as reivindicações estão a realização de concurso público; a incorporação da gratificação ao salário; o adicional por formação (já concedido para outras categorias de servidores estaduais); o reajuste do vale-alimentação (atualmente é de R$ 12 por dia útil); manutenção de direitos; e o reajuste salarial.

De acordo com o coordenador de mobilização e integração regional do SindSaúde em Lages, Fabrício Lima Garcia, a data base da categoria é o mês de janeiro de cada ano, contudo, nenhum reajuste é concedido desde 2016. “O último aumento no salário foi em 2016. Estamos reivindicando o reajuste inflacionário de 2017, 2018 e 2019, pois a conta que a gente faz é de que a inflação teve uma defasagem no salário em torno de 11%. Além desses 11%, referentes à inflação, a gente está pedindo um ganho real de 5%”, explica.

Segundo ele, no início do ano, com a mudança do Governo Estadual, uma negociação entre o Estado e o sindicato estabeleceu o prazo de dois quadrimestres (oito meses) para que a nova equipe administrativa do governo estadual e da Secretaria da Saúde pudessem se inteirar da situação da máquina pública e dar um parecer sobre os pedidos da categoria.

“Porém, desde o fim desse prazo [em agosto] o governo não recebeu mais os integrantes da comissão de negociação do SindSaúde para tratar do assunto, mesmo após vários pedidos de reunião protocolados na Secretaria de Estado da Saúde. Foi no intuito de forçar uma reabertura nas negociações que a categoria, no dia 11 de setembro, decidiu por fazer paralisações de duas horas no local de trabalho”, afirma Garcia.

De acordo com esta decisão, todos os hospitais da rede estadual de Santa Catarina paralisarão parcialmente a força de trabalho por duas horas, em dias aleatórios para cada unidade e em cada município. Em Lages, a paralisação aconteceu na última terça-feira (24), junto à parada de hospitais da rede em Florianópolis e Joinville.

Cerca de 30% dos servidores do Hospital Tereza Ramos, que trabalharam no turno daquela tarde, aderiram à paralisação, que durou das 13 horas às 15 horas e, de acordo com o SindSaúde, não interferiu nos atendimentos prestados à população.

“Não tem como paralisar todo mundo e fechar as portas. Por mais que a nossa reivindicação seja legítima, a gente sabe que também tem a legitimidade do paciente. Enquanto servidores da saúde, entendemos isso e nunca vamos deixar o paciente desassistido. Até porque, o objetivo da paralisação não é atingir a população, e sim forçar que o governo atenda às reivindicações da categoria e assuma a responsabilidade que é dele.”

As paralisações continuarão acontecendo, aleatoriamente, em outros hospitais do Estado, nos próximos dias. Não há previsão para nova parada em Lages. Estas paralisações que estão acontecendo em setembro foram a segunda interrupção programada de parte dos serviços em hospitais da rede estadual. De acordo com o SindSaúde, em 14 de junho aconteceu outra paralisação, em todo o estado, que durou das 7 horas às 19 horas.

Por meio da sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde informou apenas que “está ciente da paralisação e que vem se reunindo com representantes da categoria para avaliar reivindicações”.

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