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Senhas para acompanhar júri popular serão distribuídas hoje e terça-feira
A sessão de julgamento de Maharish Blue do Amaral e Silva, acusada de matar o companheiro, o policial civil Ari dos Santos em 2013, será na terça-feira (20). Como é um dos julgamentos mais aguardados neste ano, pois o caso ganhou repercussão pela forma com que foi planejado e executado, a 1ª Vara Criminal fará a distribuição de senhas para o público que deseja acompanhar. Haverá dois tipos de senha. Uma para advogados, juízes e promotores e outra para a comunidade.
As senhas especiais serão entregues na segunda (19), entre 17h e 18h, na unidade judiciária. Elas podem ser usadas para sair e entrar no Salão do Júri em qualquer momento. A distribuição das comuns ocorre na terça (20), antes da sessão, marcada para iniciar às 10h. Todas as pessoas poderão entrar e sair do local quando quiserem, porém terão que entrar novamente na fila para acessar o local.
O Salão do Júri tem capacidade para acomodar 140 pessoas sentadas. “Como já ocorreu na primeira vez, vamos disponibilizar mais cadeiras para aumentar esse número para 250 lugares”, reforça o titular da vara, juiz Geraldo Correa Bastos.
Esse julgamento integra o programa Mês do Tribunal do Júri, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para acelerar julgamentos dos crimes dolosos contra a vida. Até o final de novembro, o Judiciário Catarinense estima realizar cerca de 100 júris populares em 50 comarcas.
Sobre o caso
O policial civil Ari dos Santos foi morto em junho de 2013, em Lages. Uma das acusadas do crime é a enfermeira Maharish Blue do Amaral e Silva, companheira da vítima. Em outubro de 2014, ela foi condenada a 16 anos de reclusão em regime fechado, porém o julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Ela aguarda o novo julgamento em liberdade.
A época, Maharish mantinha um caso amoroso extraconjugal com o artesão Geovan Brasil de Oliveira. Os dois planejaram a morte de Ari. Com isso, receberiam o seguro de um veículo e a pensão para quitar dívidas e fugir para São Paulo. A ideia era simular um acidente de carro.
Em 17 de junho, a enfermeira dopou o companheiro. Em seguida, segundo a denúncia Geovan o espancou até a morte. Eles colocaram o corpo do policial no banco de trás do carro com o objetivo de jogá-los numa barragem para aparentar um acidente.
Fonte: Taina Borges TJSC – Comarca de Lages