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Seminário debate dificuldades do setor de sementes
Levantamento da produção de Santa Catarina e as perspectivas da qualidade das sementes para a realização de um diagnóstico. Esses foram alguns dos objetivos do 1º Seminário de Sementes de Santa Catarina, que começou nesta quinta-feira (3) e termina sexta (4), no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV).
Representantes do Ministério da Agricultura e da Cidasc estiveram no evento para levantar as dificuldades do setor e discutir as possibilidades de resolução dos problemas. Entre os desafios, está a preservação da pureza genética das sementes diante do aumento da produção, além da qualidade fisiológica associada à germinação e a qualidade sanitária.
“Precisamos de políticas de investimento dos órgãos governamentais para que, no futuro, a médio prazo, tudo seja viabilizado”, explica a engenheira agrônoma e doutora em ciências de sementes, Cleide Maria Medeiros Coelho, que também é a coordenadora do seminário.
Um dos palestrantes do evento foi o engenheiro agrônomo da Coopercampos, Marcos André Paggi. Ele falou sobre a plantação de sementes de grandes culturas e forrageiras. Ele aponta outro grande problema do setor, a produção de sementes, por meio de uma prática chamada de “pirataria”.
O profissional explica que 65% das sementes cultivadas em Santa Catarina são certificadas, fazendo com que a qualidade e produção sejam melhores. No Rio Grande do Sul, o percentual é inverso, 65% das sementes são feitas pelos produtores.
“Eles perdem na germinação e na distribuição de sementes, acham que economizam se não comprarem sementes padronizadas e selecionadas, mas depois, acabam gastando bem mais”, reflete. Para ele, falta fiscalização das autoridades e as sementeiras precisam adotar os procedimentos necessários quando verificarem sementes fora da padronização.
Produção
Segunda maior produtora de sementes do Brasil, a Coopercampos faz 1,8 milhão de sacas de sementes por ano. Com germinação de alta qualidade, o engenheiro agrônomo da cooperativa, Marcos André Paggi, garante que o produtor tem potencial de uma produtividade lucrativa.
“Hoje, a cooperativa produz soja e cereais, como trigo, aveia preta, aveia branca, centeio e capim sudão. Somente de aveia são seis mil toneladas. De milho, são 600 mil toneladas, fora as outras culturas que fazemos no Mato Grosso do Sul. Em Santa Catarina, 45 mil hectares estão cadastrados.