SC-390 volta a ser interditada

Moradores de Anita Garibaldi e Celso Ramos voltaram a interditar o trecho da SC-390, que liga os dois municípios, na segunda-feira (26). A interdição é um protesto devido a paralisação das obras de asfaltamento da rodovia, que já dura cerca de um ano, e pelas más condições da estrada. A comunidade já havia feito um bloqueio da pista no dia 12 de novembro deste ano.

A interdição, que barrou carros de passeio e caminhões, teve início às 6 horas da manhã e a pista só foi liberada às 17 horas. Contudo, veículos escolares, carros de saúde e ônibus tiveram passagem liberada. O objetivo do ato foi chamar a atenção do Governo do Estado sobre a situação da rodovia.

De acordo com o secretário de Agricultura de Celso Ramos, Joldenir de Nez, a empresa Planaterra Terraplanagem e Pavimentação Ltda., responsável pela terraplanagem em preparação para o asfaltamento, parou as obras há quase um ano. Desde então, segundo ele, não foram executadas nem ações de recuperação da estrada.

“Ficou pior do que estava [antes do início das obras]. A rodovia ficou bem larga, mas tem muito mais buracos do que antes. Se a obra não tiver andamento, queremos que a Planaterra ou o Governo do Estado, pelo menos, façam a manutenção periódica da estrada”, avalia de Nez.

Por telefone, a Planaterra não informou há quanto tempo está parada, apenas que está impedida de realizar atividades na obra, em função de um Termo de Paralisação entregue pelo Governo do Estado, por meio da Diretoria de Obras e Transportes do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), no dia 8 de outubro deste ano.

Em nota, o Deinfra informou que o orçamento para dar continuidade à obra foi incluído na nova operação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e está sendo analisado pela instituição.

Segundo a nota, quando o orçamento for aprovado, a obra poderá ser retomada. A nota não cita quanto já foi investido na obra e o valor necessário para a sua conclusão. Informação anterior apontava que já foram executados 20,48% dos trabalhos com investimentos de R$ 4,9 milhões.