Geral
Saúde faz balanço dos últimos dois anos
A secretaria de Saúde de Lages divulgou terça-feira (11), um balanço dos atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde de janeiro de 2017 a novembro de 2018. Entre os serviços prestados estão os do Pronto Atendimento Tito Bianchini, Policlínica, Unidades de Saúde, Vigilâncias e realizações de exames.
Apenas no último mês, foram registrados cerca 150 mil atendimentos em Lages, o que significa 94% da população do município, que segundo o último dado do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, é de de mais de 158 mil pessoas.
A secretária de Saúde, Odila Waldrich, explica que a sua secretaria é a executora de todos os serviços de saúde pública e que em 2018, conseguiu cumprir algumas das metas estabelecidas em 2017.
A principal delas, foi a implementação do Sinreg, um programa do próprio Ministério da Saúde para o controle de agendamentos de consultas e exames. E a meta para 2019 é que todos os prontuários passem a ser eletrônicos. Dessa forma, o paciente pode ser atendido em qualquer posto de saúde, Pronto Atendimento ou Policlínica e os dados estarão sempre disponíveis.
Mensalmente são autorizados mais de 1.700 exames de imagem e diagnóstico, R$ 400 mil em exames laboratoriais, R$ 180 mil em sessões de fisioterapia, mais de 10 mil consultas especializadas, 700 pedidos de cirurgias e outros procedimentos.
O trabalho da regulação com o Sisreg já resultou na redução de espera por atendimento em especialidades. As consultas de angiologia, cirurgia geral, gastroenterologia, ginecologia, geriatria, mastologia, nefrologia, ortopedia e pediatria são agendadas sem dificuldades.
Diariamente são 24.570 solicitações novas inseridas no sistema. Para 32 tipos de exames há filas de espera e para outros 30, não há. 103 municípios são regulados pela Central Ambulatorial de Lages e 18 municípios dependem diretamente da Central Ambulatorial.
Outra ação promovida este ano, foi a revisão dos 250 contratos com empresas que fornecem serviços à saúde de Lages, que mensalmente, custam R$ 6 milhões mensais. Agora também, tem conseguido otimizar os recursos do Ministério da Saúde, principalmente para a realização de exames, que antes eram pagos com recursos da prefeitura.
O serviço social do SUS realiza 83 atendimentos diários, com quatro assistentes sociais, e a distribuição de fraldas, leites, óculos, órteses e próteses, aparelhos auditivos e transportes para fisioterapia.
Apenas seis medicamentos estão em falta
Dos medicamentos disponíveis via Farmácia Básica, somente seis itens estão em falta, devido a falta dos produtos pelos fornecedores. De acordo com a apresentação, anteriormente, em uma lista de 122 medicamentos que deveriam ser disponibilizados a população, 98 estavam em falta. O que auxilia também são as grandes quantidades de amostras grátis de medicamentos que não são disponibilizados pelo SUS e são entregues aos pacientes mediante receita.
O quadro funcional aumentou. Anteriormente eram 1.161 servidores, sendo 690 contratados e 471 efetivos. Atualmente o quadro conta com 1.200 funcionários sendo 444 contratados e 716 efetivos.
A falta de materiais está quase zerada e 90% dos prazos de entrega pelos fornecedores é cumprido. Os equipamentos de proteção individual estão disponíveis aos servidores, que anteriormente trabalhavam sem os mesmos.
Alto custo
O setor de Alto Custo funcionando dentro nas normas da DIAF (Diretoria de Assistência Farmacêutica), anteriormente à DIAF, devolvia os processos, por falta de documentos, inviabilizando a agilidade dos processos para dispensação de medicamentos de alto custo aos pacientes. E atualmente a gerência da farmácia básica faz parte da Câmara Técnica do Estado.
Quase 50 mil são atendidos mensalmente nas UBS
Além das consultas com os médicos, enfermeiros e dentistas atendem a população nas 28 Unidades Básicas de Saúde. Todas possuem um médico que realiza atendimentos, mas nem todos são especialistas em Saúde da Família, sendo que alguns deles são Clínicos Gerais. Em um mês, as UBS atendem cerca de 47.915 pessoas.
Ainda assim, segundo a secretaria Odila, a quantidade não é suficiente para atender todos os pacientes. Por isso, têm sido chamados novos profissionais, para auxiliar a leitura de exames e encaminhamentos. Facilitando e agilizando o atendimento nas unidades. Além disso, os 276 agentes comunitários atendem 57 mil pessoas, em suas residências.
No setor de atenção especializada, como a Policlínica, alguns pontos foram alterados para melhorar o atendimento. Entre eles está a implantação do Sisreg e também uma auditoria e fiscalização no horário de atendimento x quantidades de consultas ofertadas pelos médicos efetivos 20h.
A otimização das autorizações de exames dentro da Policlínica, logo após a consulta, também foi um ponto importante de mudança nos últimos dois anos e também a forma de tratamento aos pacientes com bolsas de colostomia.
Dessa forma, foi Implantado um ambulatório de estomas, onde uma enfermeira faz o controle das pessoas que fazem uso das bolsas de colostomia bem como realiza consultas a estes paciente, ajudando na entrega correta das bolsas que são distribuídas pelo SUS.
Índice de faltas diminui, mas ainda preocupa
Dos meses de junho a setembro, 22.382 consultas com especialistas foram agendadas na Policlínica. Desta quantidade, 5.380 pessoas faltaram aos compromissos. Nos últimos dois anos, houve uma redução do índice de faltosos, onde era de aproximadamente 35% e hoje está em torno de 20%.
Na pediatria, o índice de faltas chama a atenção. Odila ressalta que não entende essa situação, já que não há filas de espera para esses atendimentos e que os servidores ligam com antecedência para confirmar a presença. “O que precisa entender, é que estão tirando a vaga de alguém que precisa”, acrescenta.
Saúde mental
Nos Centros de Assistência Psicossocial, o atendimento também foi aprimorado. Passaram a realizar a desintoxicação nos Caps e também os testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite B e C, facilitando a iniciação do tratamento quanto ao diagnóstico precoce. Nos três Caps de Lages, que atendem crianças, adolescentes e idosos, de janeiro a setembro, foram realizados mais de 35 mil atendimentos, sendo que 7.700 participam dos programas da instituição. A saúde mental se tornou um problema, devido a grande demanda e falta de leitos no Estado para atender os pacientes. Na Serra Catarinense, com o fechamento do hospital de Bocaina do Sul e da ala Psiquiátrica no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, os pacientes precisam ser levados para outras cidades e com isso, chega a custar R$ 8 mil por mês, por cada internado.
UPA fica pronta este ano, mas ainda não será inaugurada
A obra da Unidade de Pronto Atendimento, no Bairro Universitário, deve ser entregue ao município ainda este ano. Entretanto, as portas só devem ser abertas para o atendimento à população no primeiro semestre de 2019.
Até o momento foram gastos R$ 1.858.886,27 de recursos do município e a previsão é que mais R$ 2,2 milhões sejam investidos para a compra de móveis e equipamentos. De acordo com Odila, a UPA é extremamente importante para atender melhor a comunidade, com os serviços de urgência para adultos e crianças.
Destaques
- 150 mil atendimentos por mês em Lages,
- 1.700 exames de imagem e diagnóstico/mês,
- R$ 400 mil/mês em exames laboratoriais,
- R$ 180 mil em sessões de fisioterapia, mais de 10 mil consultas especializadas, 700 pedidos de cirurgias e outros procedimentos.
- Diariamente são 24.570 solicitações novas inseridas no sistema. Para 32 tipos de exames há filas de espera e para outros 30, não há. 1
- 103 municípios são regulados pela Central Ambulatorial de Lages
- 18 municípios dependem diretamente da Central Ambulatorial.
- O serviço social do SUS realiza 83 atendimentos diários
- Dos medicamentos disponíveis via Farmácia Básica, somente seis itens estão em falta, devido a falta dos produtos pelos fornecedores
- Além disso, os 276 agentes comunitários atendem 57 mil pessoas, em suas residências.
- 47.915 pessoas foram atendidas em um mês nos postos de saúde.
- Dos meses de junho a setembro, 22.382 consultas com especialistas foram agendadas na Policlínica. 5.380 pessoas faltaram aos compromissos.
- Nos três Caps de Lages, que atendem crianças, adolescentes e idosos, de janeiro a setembro, foram realizados mais de 35 mil atendimentos, sendo que 7.700 participam dos programas da instituição.