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Santa Catarina lança semana da mobilização contra o Aedes aegypti
A última semana do mês será marcada por uma mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti. Entre os dias 26 e 30 de novembro, os municípios de Santa Catarina vão desenvolver diversas ações para conscientizar a população sobre a importância da eliminação dos criadouros do mosquito. O Dia “D” de mobilização está marcado para 30 de novembro.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) da Secretaria de Estado da Saúde Santa Catarina (SES) alerta que as ações de controle ao mosquito Aedes aegypti continuam sendo a melhor estratégia para evitar a dengue, o zika vírus e a febre de chikungunya.
“É importante promover a limpeza de calhas, de piscinas, e de outros locais que possam acumular água, além de descartar corretamente o lixo”, reforça João Fuck, coordenador da Sala de Situação Estadual para o Controle ao Aedes aegypti. O coordenador ainda faz um alerta para toda a população: é preciso redobrar a atenção na vistoria semanal às suas casas e quintais, especialmente nesse período do ano, no qual as condições climáticas são favoráveis, “Ao eliminar depósitos e recipientes que possam acumular água, ajudamos a evitar a proliferação do mosquito”, ressalta.
O estado vem passando por uma mudança de perfil relacionado à presença do Aedes aegypti e à transmissão das três doenças. Conforme Eduardo Macário, diretor da Dive/SC, a infestação atual é a maior já registrada em SC, além disso, há a circulação de outro sorotipo de dengue (DEN2) neste ano, uma variação da dengue. Até então apenas o DEN1 circulava no estado.
Os sorotipos são DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. Com isso, uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da sua vida, já que a infecção gera imunidade somente contra aquele sorotipo já adquirido.
Situação de Santa Catarina
Até o dia 17 de novembro de 2018, foram registrados 14.014 focos de Aedes aegypti, representando um aumento de 38.6% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses focos estão concentrados em 159 municípios, dos quais 75 são considerados infestados, nenhum na Serra Catarinense.
Neste mesmo período, foram registrados 57 casos de dengue, destes, 34 são autóctones, 13 importados e 10 indeterminados autóctones (casos contraídos no estado, mas sem a possibilidade de definição do LPI). Em 21 amostras o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC) identificou o sorotipo de dengue: 10 são de DEN1 e 11, de DEN2.
Com relação à febre de chikungunya, foram confirmados 15 casos. Desses, 11 são importados e 4 autóctones. Apenas um caso de zika foi confirmado em Santa Catarina. Ele foi identificado como importado. Esse cenário aponta para um risco iminente de transmissão dessas doenças no estado, especialmente com a chegada do calor e do período de chuvas.
Fonte: Dive