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Rosimere foi vítima de feminicídio
O marido de Rosimere do Rosário Pereira de 52 anos, encontrada morta na tarde de segunda-feira (18), confessou ter matado a esposa. José Giovani Rodrigues, de 42 anos, chegou a chamar a polícia, alegando ter encontrado a esposa morta. O crime aconteceu no Bairro de Restinga Seca, em Lages. O caso era tratado como latrocínio.
Conforme o Delegado Regional de Lages, Fabiano Schmitt, as investigações aconteceram de forma rápida, e os policiais perceberam que a versão apresentada pelo autor, não condizia com as informações que foram encontradas na cena do crime. “Percebemos que a versão de latrocínio não condizia com a situação e então focamos a investigação no marido.”
Por ocasião das investigações preliminares, o companheiro alegou que teria dado falta de uma televisão tela plana, 32 polegadas, pelo qual, uma das linhas de investigações apontavam para a ocorrência de latrocínio.
Com o comportamento apresentado pelo esposo durante o levantamento do local chamou a atenção dos policiais civis, pois, segundo informações da PC, o mesmo não expressava sentimentos pela perda da esposa, demonstrando-se indiferente ao fato.
A neta do casal, de quatro anos de idade, foi encontrada em ‘estado de choque’, mas posteriormente, já com a família, passou a dar algumas informações aos familiares, dando conta que na manhã de segunda-feira teria visto o avô brigando com a avó. A perícia apontou que a morte de Rosimere, aconteceu pela manhã, o que não condizia com a hipótese inicialmente investigada.
Com informações repassadas pelos familiares, a versão do autor foi apresentada à Polícia Civil estava controversa. José confessou a autoria do feminicídio. Disse que pegou um pedaço de madeira e praticou a primeira agressão enquanto a vítima dormia.
Continuou narrando que a vítima já acordada, clamava para que ele parasse com as agressões, porém sem sucesso, ele a perseguiu pela casa e a deixou caída no chão da sala. Também falou que, com intuito de prejudicar as investigações, tentou simular um crime de latrocínio, retirando a TV da sala e a escondeu em um galpão, ainda jogou as suas roupas com sangue em cima de uma caixa d’água e o instrumento utilizado no crime, escondeu na mata.
Além da confissão, o procedimento policial está fundamentado em provas periciais que confrontam a versão inicialmente apresentada pelo autor. José foi encaminhado ao Presídio Regional de Lages.