Rogério Ceni não vê vantagem com a instabilidade do Palmeiras

São Paulo, 1º/07/2010, Correio Lageano

Embora apresente um bom aproveitamento neste Campeonato Brasileiro, o Palmeiras atravessa mais uma fase turbulenta em seus bastidores, tudo por conta das demissões do técnico Antônio Carlos Zago e do atacante Robert.

No entanto, o goleiro Rogério Ceni não vê o oponente abalado. “O Palmeiras vem de uma vitória por 4 a 2 contra o Grêmio, que quase eliminou o Santos da Copa do Brasil. Por isso, não podemos dizer que o Palmeiras não esteja forte. Eles têm desfalques, e nós também. O Pierre não joga, e o Marcos Assunção, que tem uma bola parada perigosa, também não. Nosso torcedor estará lá presente e temos que buscar o resultado”, afirmou.

Ceni admite que não é bom para o futebol um atrito entre treinador e jogador, como aconteceu com os dois demitidos do rival, mas minimizou o assunto.“Isso não cabe em lugar algum e não é normal para o dia-a-dia, mas acontece. Depende do treinador, da forma como ele interpela o jogador ou às vezes o atleta também é estourado. Isso não cabe no Palmeiras também, tanto é que os dois saíram”, ressalta.

Assim como o goleiro, o técnico Ricardo Gomes também não vê interferência dos problemas com o desempenho do Palmeiras no Brasileirão. “Pelo visto, a instabilidade fora de campo não é importante, porque os resultados são satisfatórios nos jogos. Se não interfere o time, não tem como tirar proveito disso”, analisou.

Instabilidade à parte o treinador são-paulino, Mururicy Ramalho, tenta realizar alterações no sistema defensivo. A saída de Alex Silva e a chegada de Anderson e Rodrigo no elenco provocaram a mudança e na visão do treinador acabou atrapalhando o entrosamento da equipe. “Estamos tendo de mudar demais a defesa. No ano passado, só quatro jogadores se revezavam entre os três que jogavam”, alerta.

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