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Queimadas deixam 7,3 mil unidades sem energia

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Foto: Núcleo Planalto/ Celesc/ Divulgação

A energia elétrica percorre um longo caminho de torres e cabos de transmissão ao sair das usinas de geração até chegar ao seu destino. Durante a época da seca no Brasil (de maio a novembro), esses equipamentos ficam expostos ao risco trazido pelo aumento do número de queimadas irregulares e de focos de incêndio. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), tais ocorrências estão entre as principais causas de desligamentos na transmissão de energia no país, durante esses meses.

Em Santa Catarina o cenário não é diferente. Na Serra Catarinense, região onde geralmente é registrado maior número dessas ocorrências, somente em agosto deste ano mais de 7,3 mil Unidades Consumidoras (UCs) tiveram o fornecimento de energia interrompido por conta de queimadas que atingiram a rede elétrica. “Um aumento de quase 400% em relação ao mesmo período do ano passado”, conta o gerente do Núcleo Planalto da Celesc, Gladimir Jeremias.

Além de oferecerem riscos à vida humana e silvestre, as queimadas irregulares podem provocar dois tipos de desligamentos forçados do sistema elétrico: os que duram pouco, conhecidos como “piscas”, e os de longa duração.

Entretanto, mesmo os desligamentos de poucos segundos prejudicam a linha de produção das indústrias. Pacientes em hospitais ou pessoas que sobrevivem com o uso, em casa, de equipamentos elétricos em tempo integral (eletrodependentes), escolas também são muito afetados. Até o trânsito a falta de energia traz riscos à segurança de motoristas, que também podem ter a visibilidade da pista diminuída pela fumaça.

O último levantamento divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) demonstrou que, no Brasil, entre 1º de maio e 31 de dezembro de 2017, foram registrados 2.434 desligamentos forçados, sendo 586 relacionados a queimadas, e 203 causaram interrupção no fornecimento de energia elétrica.

Alternativas às queimadas de campo

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a longo prazo, o efeito de atear fogo na pastagem cultivada é desastroso, tanto para a pastagem (já que o fogo mata os microorganismos do solo) quanto para o bolso do pecuarista. Uma alternativa financeiramente mais interessante ao produtor seria transformar o capim seco em feno ou silagem para alimentar o rebanho ou, caso não seja possível, optar pela suplementação com uréia.

Outras opções apontadas pelo órgão para evitar as queimadas são: diversificação das espécies de forrageiras, divisão de invernadas, consorciação com leguminosas, banco de proteínas, adubação de formação e manutenção, fazer aceiros e, no que diz respeito ao rebanho, equilibrar a taxa de lotação e fazer rotação de pastagem com intervalo de, pelo menos, 30 dias para eliminar os parasitas.

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