Economia e Negócios
Quebrando tabus com o sex shop
Marketing de conteúdo
Um universo rodeado por curiosidade, vergonha e nervosismo permeia a primeira visita em um sex shop. Quantos relatos você já escutou sobre alguém que passou diversas vezes na frente de uma loja e olhou para todos os lados para ver se havia alguém olhando antes de finalmente entrar?
Diferente das demais, é difícil vermos as pessoas comentando sobre as compras ou sobre as suas experiências.
No ramo há mais de um ano, a proprietária de uma loja, Cristina Elisa Fontana, de 37 anos, comenta que percebe um aumento no número de pessoas interessadas nos produtos da sua loja.
“São casais, independentemente da orientação sexual, que chegam aqui e perguntam ao parceiro o que seria melhor para o uso dos dois” comenta ela.
Entre esses casais encontram-se pessoas de várias idades, muitos, já com mais de 60 anos interessados em novidades.
Desmistificar o sexo é um dos papéis desses locais, segundo Cristina, que tem a loja localizada em um local mais afastado. “Ter a Amonati fora do centro é uma vantagem, pois as pessoas sentem-se menos intimidadas”.
Diferente do que muita gente pensa, os produtos mais vendidos não são as próteses e as de utilização sadomasoquistas, e sim os cosméticos sexuais.
Cremes, lubrificantes, bolinhas massageadoras, estimulantes, entre outros, fazem sucesso. A venda é alta, porém, o valor é relativamente menor do que dos outros produtos, variando entre R$ 7 e R$ 50.
Esquentar o clima na intimidade
Além dos produtos de sex shop, muitos estabelecimentos optaram por variar nas vendas para ter uma renda maior. Na Amonati é possível encontrar lingerie, biquínis e até roupas de ginástica.
Com o passar do tempo as pessoas acabam percebendo que não há motivos para vergonha, pois não é errado querer ter mais prazer e buscar formas de melhorar a performance sexual.
“A lingerie também é uma peça sexualizada, na intimidade faz toda diferença. Por isso, investimos em conjuntos diferentes e sexys”, disse Cristina.