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Projeto de estudante quer preservar a qualidade da maçã

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Projeto quer melhorar qualidade da maça - Foto: Ana Carolina Almeida Macedo/Divulgação

Com objetivo de melhorar ainda mais a qualidade das maçãs, um projeto de extensão do Instituto Federal de Santa Catarina (Ifsc), do campus de Urupema foi implementado durante oito meses, em cerca de 15 propriedades do município.

Três alunos se empenharam no projeto, mas a ideia foi da estudante Carolina Almeida Lima Macedo. A orientação partiu da professora e mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Mariana Dullius. Os recursos foram pagos pelo Ifsc.

A parte principal do projeto foi acompanhar as reuniões de agricultores de Urupema em dois pontos da cidade. Nelas, os produtores eram orientados em relação a melhor forma de usar agrotóxicos, cultivar e colher as maçãs.

A prefeitura do município apoiou o projeto, avisando à equipe do Ifsc, de quando aconteciam as reuniões. Além disso, a engenheira agrônoma, Márcia Pinto de Arruda, que atua na Secretaria de Agricultura da cidade ajudou a capacitar os produtores. “O projeto visa corrigir as falhas do processo produtivo para na colheita, a maçã ter uma melhor qualidade”.

Durante o projeto, os produtores aprenderam várias técnicas, entre elas, coletar um volume menor de maçã para colocar na sacola; não despejar elas no fundo das caixas com força; deixar abaixo do volume máximo das caixas para quando forem empilhadas, terem um espaço uma das outras e não haver amassamento das frutas. Antes da colheita, foram passados dois principais cuidados, que é a maneira adequada de raleio e aplicar produtos (defensivos) na dose e época correta.

A professora avalia que não se pode afirmar que nesta próxima safra, o projeto já surtiu efeito. “Estamos democratizando a informação para que ela saia do Ifsc e chegue até o produtor. Muitas vezes, eles aplicam um produto, sem saber o motivo, quando entende, passa a administrar melhor a processo de produção”.

A estudante Carolina, diz que a ideia do projeto veio através de uma oficina de robótica que assistiu no campus. “Quando vi o robô pensei na colheita da maçã, pois muitos produtores reclamam que a maçã é de boa qualidade no pé, mas depois de colhida se torna de segunda”. O projeto encerrou, mas poderá ser usado em outras propriedades.

Produção é o que sustenta a economia de Urupema

A produção de maçã é a principal atividade econômica de Urupema. Cultivada em aproximadamente 560 hectares no município, ela reúne cerca de 100 pequenos produtores, além dos médios proprietários de terra e daqueles que trabalham com o processamento de frutas, como agroindústrias ou cooperativas de classificação, embalagem e comercialização.    

São colhidas basicamente dois tipos de maça, a gala e a fuji. Quando são comercializadas in natura são melhor remuneradas para os produtores.

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