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Programa tem a intenção de diminuir evasão escolar

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Foto: Núbia Garcia

Lages já está cadastrada no novo programa do Ministério da Educação, Escola do Adolescente. Desde a abertura em novembro de 2018, 950 municípios já o aderiram. O objetivo do programa é de promover a melhoria da aprendizagem, combatendo a repetência e o abandono nos anos finais do ensino fundamental. Alinhado com o que propõem os novos currículos de estados e municípios, o Programa Escola do Adolescente vai atender a todas as redes e escolas dos anos finais do ensino fundamental, por meio de uma plataforma com as ferramentas de gestão e estratégias formativas para gestores e professores.

O diretor de ensino de Lages, Carlos Eduardo Canani, explica que, agora, as escolas que oferecem turmas do 6º ao 9º também deverão se cadastrar no site do programa. Isso porque, como perceberam, ele será muito centralizado nos gestores escolares, com a realização de cursos de formação, para organizarem os planos de ação de cada escola.

O interesse da Secretaria Municipal de Educação em aderir ao programa surgiu devido a falta de políticas públicas e de uma programa do Governo Federal, que fosse eficaz para o ensino fundamental 2. Canani explica que a importância deste programa é grande, pois é neste período que a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é menor.

Em Lages, de 1º a 9º anos, o índice total no município é de 2%, mas aumenta a partir do 6º ao 9º. Com este programa, a intenção é que ajude o adolescente a encontrar mais sentido na escola e se sentir incluído no ambiente. As ações do Escola do Adolescente devem iniciar ainda em fevereiro de 2019.

O programa

O processo tem duas fases: a de adesão das secretarias de educação – para estados e municípios – e, logo em seguida, para as escolas. Assim que as secretarias estaduais fizerem as adesões no site do programa, os diretores escolares dos anos finais já poderão aderir também. As ações focam os estudantes do sexto ao 9º ano com a construção de metodologias de ensino mais atrativas aos adolescentes e que permitam um ensino de melhor qualidade.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador da qualidade do ensino básico no Brasil, aponta que, nesses anos, 45% das escolas não alcançaram as metas estabelecidas em 2017. De cada 100 alunos, apenas cinco concluem a formação com aprendizado adequado em língua portuguesa e três, em matemática. Os índices de insucesso dos estudantes (reprovação e abandono) atingem 14,5% na rede pública.

A plataforma apoiará a gestão das secretarias e das escolas na elaboração e implementação de um plano de ação e na revisão das práticas pedagógicas para uma escola mais conectada com o adolescente. Para facilitar, será fornecido um diagnóstico detalhado que considera a análise histórica de avanços ou retrocessos da escola no Ideb, proficiência e fluxo escolar.

Para complementar o diagnóstico, a plataforma fornecerá ainda instrumentos para realização de avaliações diagnósticas em língua portuguesa, matemática, ciências e inglês, já alinhadas às habilidades da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e junto aos estudantes dos anos finais. Também estarão disponíveis ferramentas de escuta da percepção que os estudantes têm sobre o ambiente escolar e uma área de compartilhamento de boas práticas.

Todo o processo será mediado e acompanhado por uma plataforma digital, em que as redes de ensino, no ambiente virtual de aprendizagem do MEC, poderão personalizar os cursos e adequá-los ao diagnóstico e à expectativa da rede. Tais ações visam, juntamente com esses aspectos, apoiar a escola e os professores no desenvolvimento das dez competências gerais da BNCC.

 

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