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Prefeitura de Jerusalém aprova demolição de 22 casas palestinas

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Jerusalém, 21/06/2010, (EFE)

Com a intenção de instalar um parque arqueológico, o Comitê de Planejamento e Construção da Prefeitura de Jerusalém aprovou nesta segunda-feira um plano para demolir 22 casas em Jerusalém Oriental, onde os palestinos têm o objetivo de estabelecer sua capital.

 

O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, solicitou ao comitê o sinal verde para o projeto, que afeta casas palestinas no bairro conhecido como El-Bustan, uma decisão que poderia representar um novo foco de tensão entre palestinos e israelenses e gerar reações do Governo americano, que impulsiona o atual processo de paz indireto entre as partes.

 

Segundo a imprensa local, os moradores dos imóveis que serão destruídos em virtude do projeto receberão permissões para construir suas casas no mesmo bairro, mas terão que arcar com as despesas.

 

El-Bustan faz divisa com a antiga Jerusalém e a Autoridade de Antiguidades de Israel realiza escavações no bairro há alguns anos.

 

No local, há 88 casas de palestinos, que abrigam um total de mil pessoas, e que receberam nos últimos anos ordens de demolição por parte das autoridades israelenses, que alegam que elas foram construídas sem permissões oficiais.

 

O Comitê Popular de El-Bustan, que reúne os moradores do bairro, prepara ações de protesto contra a decisão da Prefeitura de Jerusalém.

 

Ein Youssef Matchih, um dos responsáveis pelo coletivo, disse à Agência Efe que os moradores do bairro estão "furiosos, desmoralizados e temem que a decisão possa ser mantida".

 

A Autoridade Nacional Palestina (ANP), condenou a decisão israelense, segundo a agência de notícias oficial "WAFA".

 

O negociador-chefe da ANP, Saeb Erekat, qualificou a decisão de "uma tentativa de Israel de destruir as possibilidades de paz e, em particular, de negociações diretas".


Foto: (EFE)

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