Prefeito de São Joaquim solicita ao Estado reforço do efetivo policial

Crimes de tentativas de estupro e de furto a residências, em plena luz do dia, cresceram nas últimas semanas. A avaliação é do prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes. Como a cidade passa pelo período da colheita da maçã (começou em fevereiro e se estende até maio), a preocupação se instalou.

Durante a colheita, cerca de 4 mil pessoas de diferentes partes do estado e até de fora, circulam pela cidade em busca de colocação nos pomares, mas nem todas são contratadas. Algumas ficam perambulando pela cidade.

Atualmente, cerca de 50 pessoas que não conseguiram uma vaga para trabalhar são atendidas pela assistência social do município. Porém, essa condição acontece no período de três dias, depois elas têm que deixar a pousada alternativa.

O prefeito acredita que o efetivo tem que dobrar e chegar a, pelo menos, 12 militares. Ele observa que nem as ações do Polícia Militar estão coibindo os crimes. A Operação Altos da Serra, que entra na sua terceira edição, foca na fiscalização dos pomares de maçã de cinco cidades da região. Além de São Joaquim ocorre em Urubici, Urupema, Bom Jardim da Serra e Bom Retiro. 

“São fiscalizações esporádicas. Os policiais não ficam permanentemente por aqui”, argumenta, ao destacar que assim que organizar algumas ações na cidade, visando combater o coronavírus, deve ir a Florianópolis oficializar o pedido ao governador Carlos Moisés.

A solicitação via ofício foi direcionada para o secretário de Estado de Segurança Pública, Paulo Noberto Koerich. “Temos um bom relacionamento com o governo do Estado e aproveitamos a situação para apresentar a demanda que diz respeito à segurança pública. Precisamos de um aumento no efetivo policial para garantir mais segurança aos nossos munícipes’’, enfatizou o prefeito.

Trabalhadores são cadastrados

De acordo com a Associação de Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina (Amap), desde 2016 existe um plano safra-cidadã, ação desenvolvida em conjunto com a Polícia Civil e Militar, Prefeitura Municipal, Amap e a Promotoria Pública para que se faça cadastramento das pessoas que procuram emprego em pomares na cidade e redondezas.

Uma espécie de filtro para encaminhamento ao trabalho. “São trabalhadores sazonais que chegam aqui com dificuldades. Muitos já são conhecidos dos produtores e todo ano vêm para São Joaquim com emprego certo”, explica nota da assessoria da associação. 

Ainda conforme a assessoria, são pessoas que vêm principalmente do Nordeste do País. Geralmente fazem um caminho só: trabalham na colheita da cana de açúcar, no Nordeste, colheita da laranja em São Paulo, cebola em Ituporanga e, por fim, São Joaquim na colheita da maçã. Além disso, a safra deste ano apresentou uma quebra de produção, de cerca de 15% a 20% diminuindo as contratações.