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Polícia identifica criminosos que assaltaram residência em Lages em janeiro
Atualização 20h55 (28/2) –
A Polícia Civil de Lages apresentou três dos sete suspeitos de envolvimento no assalto ocorrido em 19 de janeiro, em uma residência no Bairro Sagrado Coração de Jesus. Dentre os três que estão presos em Lages, um é parente das vítimas. Foram identificados, Erick Dione Prado Cardoso, Emerson Barros, Edenilson Chagas, vulgo Paraná, Veronil Marques, Everton de Lima e Diego Santos e uma menor.
Os suspeitos são de fora de Lages e uns do Paraná. Um suspeito está preso em Itajaí, outro em Curitiba e Everton está foragido. Os presos em outras cidades serão recambiados para Lages e vão responder o processo aqui.
Os presos seriam réus confessos e somente o parente (Emerson Barros) não se manifestou. Todos deram detalhes do crime, a função de cada um e como foi feita a divisão dos R$ 45.000,00 encontrados no cofre levado no dia do crime.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Sérgio Roberto de Souza, o Paraná é membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e, a princípio, a quadrilha buscava R$ 700 mil que supostamente estaria no cofre (informação dada pelo parente da vítima, quantia que seria usada pelo proprietário na compra de um apartamento).
Para realizar as prisões a Polícia Civil de Lages trabalhou em conjunto com Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Geral de Perícia de Lages, Polícias Militares de Lages e Itajaí, gerências dos presídios de Lages e Itajaí e Polícia Civil de Curitiba.
Os nomes dos presos não foram revelados pelos agentes e nem foi permitido fotos dos suspeitos de frente. A medida atende determinação da Portaria de resolução 12/GAB/DGPC/SSP/2018 divulgada no Diário Oficial número 20.894 de 12/11/2018, que proíbe a divulgação de nomes dos suspeito e de fotografias de frente. No entanto, a reportagem do Correio Lageano conseguiu os nomes dos suspeitos.
Diligência no Litoral e no Paraná
As investigações duraram cerca de 40 dias e demandaram viagens para o Litoral e Paraná. Informações compartilhadas ajudaram no processo. No dia do crime, segundo foi apurado, a adolescente de 17 anos que é namorada de um dos suspeitos, dissimulou que queria alugar um barracão e pediu para usar o banheiro.
Entrou acompanhada de um homem. Um segundo homem aproveitou e entrou também. Eles portavam pistolas e revólver e renderam mãe e o filho, e sob ameaça pediram a senha do cofre. “Eles fizeram roleta russa na cabeça do filho da mulher para conseguir a senha. O primeiro a ser identificado foi um dos executores que teve acesso ao familiar que é de Santa Cecília.
O parente conhecia toda a rotina da família e achava que haveria R$700 mil no cofre. Ele entrou em contato com o seu conterrâneo que morava em Itajaí, autor de crimes de roubos e faccionado do PGC e esse conterrâneo chamou seus comparsas do Litoral e de Curitiba. Formaram o grupo de sete pessoas, seis homens e uma menor e combinaram a ação”, explica o delegado.
Como não conseguiram a senha do cofre, o trio colocou o cofre num Corsa e fugiu, com o carro da vítima, até o ponto de encontro, onde havia mais um comparsa e seguiram destino à Barra Velha. No litoral, ficaram na casa de quem montou o vínculo entre o grupo, o Veromil.
Eles dividiram o dinheiro. O parente da vítima não recebeu nada por ter passado a “letra” errada. “Durante as investigações soubemos que o parente no dia do encontro apareceu com um Land Rover e disse que se não tivesse no cofre os R$ 700 mil, o grupo poderia ficar com o carro, que inclusive era do irmão dele.
Na divisão não levou nada, pois o grupo ficou indignado pois só tinha R$ 45.000”, acrescenta o delegado. Durante o interrogatório, os suspeitos disseram que se soubessem que só tinha essa “mixaria” nem subiriam à Serra, uma vez que são especialistas em roubos à bancos e cofres.
E deixaram o recado para o familiar que foi quem orquestrou o crime e “mentiu” para eles. “O que é dele está guardado. Não se mente para irmãos”, contou o delegado. Além disso, segundo Sérgio, só depois do crime executado dois membros descobriram que são de facções rivais.
As armas utilizadas no crime foram apreendidas, assim como o cofre roubado também foi localizado e apreendido. Os investigados foram indiciados pelos crimes de roubo, associação ao crime, e corrupção de menor.