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Pinhão é tema de seminário no IFSC neste sábado
O 5º Seminário do Agronegócio na Serra Catarinense acontece neste sábado (15), no auditório do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), a partir das 13h30. A entrada é gratuita. Coordenado pela professora Luciane Costa e formandos do curso técnico em agronegócio, o seminário terá como foco o “Potencial do pinhão na economia serrana”, e traz três palestrantes que vão falar sobre a importância da semente.
Os pesquisadores e professores Leandro da Rosa Casanova, Flávio Zanette e Adelar Mantovani ministrarão as palestras.
Além das palestras, o participante poderá acompanhar feiras agroecológicas e exposição de receitas à base de pinhão. As inscrições são limitadas em 150 vagas e podem ser realizadas pelo https://www.even3.com.br/5sasc. O participante receberá certificado.
O enfoque do professor Leandro será a economia serrana baseada no pinhão. Ele vai usar dados de fontes oficiais como IBGE e Ceasa que falam de preço, produtividade, produção e as famílias que trabalham com a semente nos Campos de Lages. Destaque ainda para os municípios produtores, como Painel, principal produtor, além de São Joaquim e Capão Alto, entre outros.
“A produção do pinhão é de forma extrativa (o que a natureza oferece) e, por isso, a importância da coleta na economia local”, comenta ao lembrar que Painel produz 700 toneladas/ano.
Já o professor Flávio Zanette, que pesquisa a Araucária há 33 anos, vai explanar sobre os pomares da árvore enfocando dois vieses: impacto e técnica. Como professor de fruticultura, ele conta que vê a Araucária como uma fruteira e não como uma árvore florestal. “Todos extraíram a Araucária e a derrubam para tirar madeira. Provo que ela vale mais de pé do que deitada. Se calcularmos, em 50 anos ela vai render mais do que a soja, três a quatro vezes. Podemos ter um média com planta adultas de 70 quilos por planta e seis tonelada por hectare de pinhão, comportando 120 plantas”, explica. Um hectare compreende 10 mil metros quadrados.
Outro aspecto que ele vai ressaltar são as mudas enxertadas, como se faz com a maçã, cujo enxerto serve para produzir mais. O grupo de estudos para valorização da Araucária (GEVA) da UFPR, em parceria com a Embrapa, trabalha neste sentido. “A grande novidade é o pinheiro araucária enxertado, sendo que em termos de tamanho do pinhão as matrizes que serão propagadas são de Lages, da propriedade da família Nerbass,” salienta.
A preocupação para que o pinhão se mantenha como uma alternativa na Serra Catarinense é um dos temas do professor do CAV/Udesc Adelar Montovani. “Importância da semente para a economia nas pequenas propriedades que ainda trabalham com a semente,” explica o professor de silvicultura e genética de populações. Ele vai mostrar, durante a palestra, os problemas relacionados à manutenção e às oportunidades existentes.
Conheça os palestrantes
Leandro da Rosa Casanova_ Tema: Economia serrana baseada no pinhão. É formado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e é especialista em Gestão de Recursos Hídricos em Áreas Urbanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui mais de 20 anos de experiência na coordenação e execução de projetos ambientais com o envolvimento do agricultor familiar na conservação e restauração florestal. É assessor florestal da Apremavi (Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida).
Flávio Zanette_ Tema: Pomares de araucária para produção de pinhões. Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná – UFPR (1970), mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (1978), doutorado em Fitotecnia pela Université de Clermont II, UCII, França (1981) e Pós-Doutorado pela Ecole Nationale Supérieure Agronomique de Rennes, ENSAR, França (1988-1992). Atualmente, é professor e pesquisador do Departamento de Fitotecnica e Fitossanidade, atuando nas áreas de Propagação Vegetativa de Plantas e Morfogênese, Morfologia e Poda de Plantas Perenes.
Adelar Mantovani_ Tema: Importância do pinhão para sociobiodiversidade da região serrana catarinense. Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1994), mestrado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998) e doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atualmente, é professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Tem experiência na área de Ecologia e Genética, com ênfase em Fenologia, atuando, principalmente, nos seguintes temas: ecologia e genética de populações de espécies florestais nativas, visando ao uso e conservação.