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PC resolve 100% dos casos e lidera estatística em SC
Lages lidera o índice de resolutividade de crimes violentos (homicídios, latrocínios e feminicídios) em Santa Catarina. Levantamento dos últimos cinco anos aponta para essa condição. A Delegacia Regional de Polícia de Lages divulgou dados do período de 2014 a 2018 e dos 89 crimes violentos 100% foram esclarecidos. Neste ano, a tendência segue o mesmo ritmo. Seis ocorrências foram registradas e todas tiveram a autoria conhecida e responsabilizada. O sexto caso, um latrocínio (roubo seguido de morte) ocorrido na região do Bairro Coral, tendo como vítima Vilson Rogério, já tem autoria definida, mas o suspeito ainda não está preso.
A Delegada Regional de Polícia, Luciana Rodermel atribui essa eficiência ao trabalho conjunto das equipes da Divisão de Investigação Criminal (DIC), e das demais Delegacias da cidade e região. “Estamos mantendo este índice à eficiência satisfatória de resolutividade desde 2014. Atribuo a cooperação das equipes de trabalho. Quando falamos em homicídio, grande parte dos casos é resolvida pela DIC, mas também há casos esclarecidos pelas delegacias de polícia e os feminicídios pela delegacia da mulher”, explica ao lembrar que todos estão empenhados. “Todos colaboram e temos que reconhecer que embora quem tenha atribuição para as investigações de homicídios seja a DIC, é um trabalho de investigação de toda a Polícia Civil de Lages. Os policiais têm informações e repassam para as equipes responsáveis”, completa.
O delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Lages, Sérgio Roberto de Sousa, explica que os crimes de homicídio (contra a vida) e latrocínio (contra o patrimônio e a vida) de 2014 a 2019 foram esclarecidos. A atribuição da DIC é apurar os crimes de homicídios e latrocínio sem autoria. Quando é praticado um crime dessa natureza, vai para a DIC, que investiga até identificar a autoria para poder responsabilizar o autor judicialmente. Já os homicídios tentados e latrocínios tentados (vítima sobrevive) que têm autoria, a delegacia da área é quem apura, muitas vezes a Polícia Militar detém o suspeito que praticou o crime e apresenta à central de Polícia. “É uma união de todas as forças de segurança. Instituto Geral de Polícia (IGP) é imprescindível para elaboração dos laudos técnicos e cadavéricos e as demais perícias de local de crime. A PM, que faz um trabalho ostensivo, de certa forma preventivo, e acaba evitando crimes. A PC fica com a parte dos crimes, uma vez praticados, corre atrás de elementos de informação para identificar as autorias”, salienta.
Sergio adiantou que o crime de latrocínio que ainda estava pendente, teve a autoria definida. “A vítima é Vilson Rogério é já identificamos o autor. Estamos concluindo o inquérito. Ele confessou, inclusive, como foi toda a execução do crime e que praticou porque queria o dinheiro da vítima.”